"A nova candidata não é seguramente do agrado da Rússia"

por Rui Sá, João Fernando Ramos

Kristalina Giorgieva entrou esta quarta feira na corrida à liderança da ONU .
A candidatura da Vice-presidente da Comissão Europeia tinha sido pré anunciada com o apoio da Alemanha.
"A nova candidata não é do agrado da Rússia", explica no Jornal 2 Manuel Loff que levanta a possibilidade de um veto daquele membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas como sinal de desaprovação a uma Alemanha que quer tornar a sua influência hegemónica numa zona do mundo (a Europa de Leste) que Moscovo considera como sendo da sua esfera tradicional.

António Guterres, que venceu todas as votações informais no processo de seleção, volta a ter uma mulher de leste no topo da concorrência mas a candidatura está longe de ser pacifica.

A candidatura de Kristalina Giorgieva é apadrinhada pela Alemanha no que o comentador de política internacional do Jornal 2, Manuel Loff, considera ser "uma jogada arriscada de um país que quer assumir um protagonismo na cena internacional que até hoje não teve".

O analista lembra que esta candidatura não sendo inesperada, nem tão pouco à margem das regras, surge como sinal de que "os grandes do mundo querem tomar conta do assunto", colocando irremediavelmente em causa o processo transparente, e democrático que a ONU desenhou para escolher o seu próximo Secretário Geral.
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