Chefe de diplomacia da UE e comissário das Migrações esta semana em Washington

por Lusa

Bruxelas, 06 fev (Lusa) -- A Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e o comissário europeu das Migrações deslocam-se esta semana a Washington para se reunirem com os seus homólogos da nova administração norte-americana, anunciou hoje a Comissão Europeia.

Na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, o porta-voz Margaritis Schinas revelou que "dois membros do colégio deslocar-se-ão esta semana aos Estados Unidos para encontrar os seus homólogos", designadamente a vice-presidente e chefe da diplomacia, Federica Mogherini, que estará em Washington "no final desta semana", e o comissário Dimitris Avramopoulos, na próxima quarta-feira.

Relativamente à deslocação da Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, o porta-voz indicou que a agenda da sua viagem "ainda está a ser finalizada", remetendo por isso para mais tarde indicações mais precisas sobre que encontros a chefe de diplomacia europeia irá manter em Washington.

Já quanto à deslocação do comissário Avramopoulos, referiu que o propósito da deslocação é "encontrar a nova administração e discutir desafios globais em matéria de migrações, bem como a cooperação no campo da defesa", estando agendada para quarta-feira uma reunião com o secretário de Segurança ("homeland"), John Kelly.

Questionado sobre se o novo presidente norte-americano, Donald Trump, aproveitará a sua deslocação a Bruxelas para a cimeira da NATO no final de maio (hoje anunciada pela Casa Branca e pela Aliança Atlântica) para visitar as instituições europeias, o porta-voz lembrou que, no dia seguinte à sua eleição, os presidentes da Comissão, Jean-Claude Juncker, e do Conselho Europeu, Donald Tusk, dirigiram um convite conjunto a Trump, "que continua em cima da mesa".

"Estamos em contacto para ver quando será o melhor momento" para organizar a cimeira entre UE e EUA, limitou-se a apontar.

Vários responsáveis europeus têm criticado fortemente a nova administração norte-americana por medidas tomadas imediatamente após a chegada de Trump à Casa Branca, como a decisão de banir a entrada em território norte-americano de cidadãos de sete países e o anúncio da construção de um muro na fronteira com o México.

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