Coreia do Norte considera "absurdas" novas sanções dos EUA a sete altos funcionários

por Lusa

Seul, 17 jan (Lusa) -- Pyongyang qualificou hoje de "absurdas" as recentes sanções impostas pelos Estados Unidos a sete altos funcionários norte-coreanos, incluindo a irmã mais nova do líder Kim Jong-un, pelo seu papel nas violações aos direitos humanos.

"Isto não é mais do que o último recurso de Washington para manchar a imagem da DPRK [sigla em inglês de República Popular Democrática da Coreia, o nome oficial da Coreia do Norte] à luz das atuais relações entre a DPRK e os Estados Unidos", refere um comentário publicado pela agência estatal norte-coreana KCNA.

Na lista das pessoas a quem foram impostas as mais recentes sanções, anunciadas na semana passada, figura Kim Won-hong, ministro da Segurança de Estado, organismo que Washington considera responsável pela tortura nos campos de prisioneiros do país, e a irmã do líder da Coreia do Norte Kim Yo-jong, diretora adjunta do Departamento de Propaganda e Agitação do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Corte.

As restantes cinco pessoas fazem parte do Ministério do Trabalho e da Comissão Estatal de Planificação.

As novas sanções, que sucedem às impostas a Kim e a outros dez altos funcionários do regime em julho de 2016, estipulam a proibição de entrada nos Estados Unidos e de realização de negócios com norte-americanos, o congelamento de bens nos Estados Unidos e "outros artigos absurdos", como referiu a KCNA.

A Coreia do Norte acusou a administração do Presidente Barack Obama de não abandonar a "política de hostilidade" iniciada na última presidência Bush que "forçou Pyongyang a ter acesso a armas nucleares", e instou Obama a "não perder tempo" com os assuntos dos outros e a dedicar-se antes "aos preparativos para a sua saída da Casa Branca".

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs a 11 de janeiro sanções a sete altos funcionários da Coreia do Norte em resposta "às continuadas violações dos direitos humanos e censura".

O anúncio do Departamento do Tesouro coincidiu com a divulgação do relatório do Departamento de Estado sobre Direitos Humanos, que sublinha que o regime de Pyongyang "continua a cometer assassínios extrajudiciais, a forçar desaparecimentos, a realizar detenções arbitrárias, tortura e trabalhos forçados".

Washington salientou que os abusos ocorrem nos campos de prisioneiros do país, onde devem estar detidas entre 80.000 e 120.000 pessoas, incluindo crianças e famílias.

Tópicos
pub