Dezenas de mortos em sismo na Indonésia

por Andreia Martins - RTP
Mais de uma centena de casas ruiu com o sismo. As autoridades procuram vítimas e sobreviventes nos escombros. Hotli Simanjuntak - EPA

Um sismo de magnitude de 6.5 na escala de Richter ocorrido na província de Aceh fez pelo menos 93 mortos, mais de 500 feridos e várias dezenas de desaparecidos. As autoridades alertam que o número de vítimas poderá aumentar devido à enorme destruição de edifícios. As equipas de busca estão no local a tentar encontrar pessoas entre os escombros.

Doze anos depois, Aceh volta a ser fustigada pela natureza. A província indonésia que em 2004 ficou destruída na sequência do tsunami no Índico, foi atingida esta quarta-feira por um sismo de magnitude de 6.5 na escala de Richter, provocando pelo menos 93 vítimas mortais. 

As autoridades esperam no entanto que o número de vítimas aumente de forma considerável, muito por culpa dos vários edifícios que ruiram durante o abalo.

Sutopo Nugroho, responsável pela agência nacional para a gestão de desastres naturais, esclarece à agência Reuters que já foi declarado o estado de emergência na região de Aceh. "Agora estamos focados em procurar as vítimas e possíveis sobreviventes debaixo dos escombros", refere o responsável.
Caos nos hospitais
Segundo aponta o jornal The Jakarta Post, o abalo provocou o colapso de vários edifícios, tendo destruido 105 lojas, 125 casas, 15 mesquitas, uma escola e um hospital.

Pidie Jaya, província com mais de 140 mil habitantes, situada na costa leste a 110 quilómetros de Banda Aceh, foi a região mais afetada.

As primeiras imagens que chegam da região mostram o caos nos hospitais, edifícios completamente destruídos e postes de eletricidade caídos. Entre as centenas de feridos, pelo menos 78 encontram-se em estado grave.

Meia centena de mortos e mais de 200 feridos. É este o balanço provisório do forte abalo sentido na região de Aceh, na ilha indonésia de Sumatra. Casas, lojas, mesquitas e estradas ficaram totalmente destruídas. As autoridades procuram vítimas e sobreviventes nas zonas mais afetadas, como a província de Pidie Jaya.


A situação é particularmente grave nos hospitais, com a falta de equipamentos e pessoal médico. Muitos dos feridos tiveram mesmo de recorrer a hospitais vizinhos na ilha, até porque o hospital de Pidie Jaya, a região mais afetada, ficou danificado com o sismo.

Aceh, localizada na ilha indonésia de Sumatra, foi uma das regiões mais afetadas pelo sismo e consequente tsunami que devastou o Sudeste Asiático, a 26 de dezembro de 2004, e fez mais de 120 mil mortos só nesta região.



O sismo desta quarta-feira foi sentido às 5h00 locais (22h03 em Lisboa). a 170 quilómetros de Banda Aceh, com oito quilómetros de profundidade.

Não foi emitido qualquer alerta de tsunami, mas registaram-se pelo menos cinco réplicas após o primeiro abalo.

A região afetada pelo sismo desta segunda-feira é predominantemente muçulmana. À hora do primeiro abalo, muitos preparavam as primeiras orações da manhã, segundo informaram as autoridade locais.

Nas cidades de Sigli e Tijue, situadas no litoral leste da ilha de Sumatra, a população fugiu de casa e procurou refúgio longe do mar, apesar de nenhum alerta de tsunami ter sido emitido.

A zona a norte da ilha de Sumatra está habituada a forte atividade sísmica, característica da região do Círculo de Fogo do Pacífico, decido ao embate de várias placas tectónicas.

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