Díli confirma reunião de igualdade de género da CPLP na próxima semana que tinha cancelado

por Lusa

A IV reunião dos Ministros Responsáveis pela Igualdade de Género e Empoderamento da Mulher da CPLP vai decorrer como previsto na próxima semana em Díli, depois de ter estado cancelada, porque mais uma delegação confirmou a sua presença.

Fonte da secretaria de estado timorense para o apoio e promoção socioeconómica da mulher (SEAPSEM), que na quinta-feira disse à Lusa que a reunião tinha sido cancelada, explicou hoje que a decisão da delegação de Angola de participar permite que o encontro ocorra.

"Posso confirmar que a reunião vai decorrer como previsto na segunda e terça-feira", disse a fonte da SEAPSEM.

A mesma fonte confirmou que além das delegações de Portugal, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, que já tinham confirmado a sua presença, também a delegação de Angola confirmou, à última hora, a sua participação.

"Por causa disso, a reunião que estava cancelada vai mesmo ocorrer como previsto", explicou.

O encontro em Díli tem como tema "empoderamento económico da mulher, género e globalização" e marca o arranque de uma maratona de encontros setoriais na reta final da presidência timorense da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Timor-Leste tornou-se em abril o terceiro país do sudeste asiático a adotar um plano de ação nacional para aplicação da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas que se refere ao tema das Mulheres, Paz e Segurança.

O plano de ação, aprovado a 26 de abril pelo Conselho de Ministros, foi preparado por uma equipa liderada pelo Ministério do Interior contando para a sua elaboração com representantes dos organismos das Nações Unidas sediados em Timor-Leste, da sociedade civil, organizações de mulheres, doze ministérios e doadores, entre outros.

"Tendo em consideração o passado de conflito armado no país, em que mulheres e crianças foram as principais vítimas, torna-se importante a participação delas para promover a paz e a segurança, a proteção nas violações dos direitos humanos e o acesso à justiça e aos serviços para enfrentar a discriminação", refere o Governo timorense.

O plano de ação - projetos idênticos foram já adotados na Indonésia e nas Filipinas - inclui a participação da mulher, prevenção, proteção e construção de paz.

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