O exército leal ao Governo de Damasco avançou nas últimas horas de forma significativa sobre zonas de Alepo até agora controladas pelas forças rebeldes, noticia a agência Reuters.
Há contudo informações contraditórias quanto à área vizinha de Handarat, em torno do Hospital de Kindi. A televisão al Manar, do grupo xiita libanês Hezbollah, afirma que as forças sírias e seus aliados controlam a zona, enquanto a liderança das forças rebeldes garante que os combates prosseguem.
A agência Alalam afirma que o exército sírio recuperou o controlo da zona de Kindi e prepara-se agora para prosseguir para oeste e marchar sobre o bairro de Bustan al Basha.
A ofensiva sírio-russa tem sido severamente criticada pelos Estados Unidos, Alemanha e França, devido ao impacto dos bombardeamentos sobre a população civil.
Mendes Oliveira, Dores Queirós - RTP (28 de setembro)
Moscovo já disse que não vai parar com os ataques aéreos que iniciou há um ano em apoio ao Governo do Presidente Bashar al-Assad e contra os grupos extremistas. E voltou a exigir aos Estados Unidos que cumpram as promessas de distinguir os grupos rebeldes que apoiam dos grupos terroristas.
Esta semana, Washington ameaçou suspender os acordos estabelecidos com o Kremlin para conseguir serenar os comabtes na Síria, se a Rússia não parar com a onfensiva em Alepo.
De acordo com o mais recente relatório da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, baseada em Londres, o impacto dos bombardeamentos russos ao longo do último ano cifra-se já em quase dez mil mortos, a maioria civis.
De acordo com um relatório da Organização Mundial de Saúde, nas últimas semanas morreram nos combates de Alepo 338 pessoas, incluindo 106 crianças, e ficaram feridas outras 846, entre as quais 261 crianças.
"Pedimos quatro coisas", afirmou a OMS em conferência de imprensa, esta manhã em Genebra, na apresentação das conclusões. "Que parem a matança, parem de atingir os centros hospitalares, deixem sair os feridos e os doentes e deixem entrar a ajuda" humanitária.