Pequim, 17 ago (Lusa) - O investimento chinês além-fronteiras ascendeu a 13.890 milhões de dólares (12.335 milhões de euros), sem contar com o setor financeiro, em julho, uma queda de 9,5%, face a junho, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Apesar deste recuo, o valor acumulado nos primeiros sete meses deste ano corresponde a uma subida de 61,8% face ao mesmo período do ano passado, totalizando 102.750 milhões de dólares (91.245 milhões de euros).
No primeiro semestre, as empresas chinesas investiram mais 58,7%, do que nos primeiros seis meses de 2015, consolidando a posição da China como exportador de capital.
Alguns projetos financiados pela China além-fronteiras foram, no entanto, vetados ou suspensos, nos últimos meses.
A participação chinesa de um terço na central nuclear a ser construída pela gigante francesa EDF, em Hinkley Point C, no sudoeste da Inglaterra, por exemplo, foi suspensa pela nova primeira-ministra britânica, Theresa May, por motivos de segurança nacional.
Já o Executivo australiano proibiu as empresas do país asiático de adquirirem metade da sua elétrica Ausgrid.
Portugal é o quarto maior destino do investimento chinês na Europa, logo a seguir à Alemanha, França e Inglaterra.
No mês passado, o grupo Fosun, um dos maiores consórcios privados chineses, avançou com uma proposta por 16,7% do capital do Banco Comercial Português (BCP).
O Fosun já detém em Portugal a seguradora Fidelidade, o grupo Luz Saúde e uma participação de 5,3% na REN.
