Líder da Coreia do Norte propõe estreitar de laços ao Presidente da China

por Lusa

Seul, 01 jul (Lusa) -- O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, manifestou hoje ao Presidente da China, Xi Jinping, a sua vontade de desenvolver as relações bilaterais, numa aparente tentativa de melhorar os deteriorados laços entre os dois aliados históricos.

"Temos a vontade de desenvolver, a par com os camaradas chineses, a amizade amplamente enraizada na história entre a Coreia e a China, tal como requer o novo século", afirmou Kim, numa carta de felicitação ao seu homólogo chinês pelo 95.º aniversário de Partido Comunista da China (PCC).

O líder norte-coreano propôs "promover, deste modo, a construção do socialismo nos dois países e defender a paz e a segurança no nordeste da Ásia", segundo a missiva, em que expressa os seus melhores votos ao Presidente, ao povo e ao partido chineses, segundo a agência estatal de notícias KCNA.

A mensagem de Kim é interpretada como um gesto conciliador que procura melhorar as relações bilaterais entre a Coreia do Norte e a China, dois aliados históricos separados, recentemente, por fortes diferenças, principalmente no que toca ao programa de armas nucleares e destruição massiva de Pyongyang que Pequim se nega a aceitar.

Em março, a China votou a favor no Conselho de Segurança da ONU da aplicação de sanções contra o regime norte-coreano devido aos testes de mísseis e nuclear realizados no início do ano.

A eficácia das sanções, que tentam sufocar a economia norte-coreana com restrições comerciais, depende em grande medida da severidade com que são aplicadas por Pequim, que é o maior parceiro comercial da Coreia do Norte.

O vice-presidente do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte reuniu-se há um mês com o Presidente chinês, num encontro visto como um importante gesto de aproximação.

Apesar da troca de mensagens de tom conciliador, o emissário norte-coreano reiterou a aposta do regime no desenvolvimento de armas nucleares.

A China e a Coreia do Norte lutaram juntas na Guerra da Coreia (1950-53) contra a Coreia do Sul, Estados Unidos e as forças da ONU, e desde então mantêm fortes laços económicos e de amizade.

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