O líder do partido no poder em São Tomé e Príncipe, Guilherme Posser da Costa, foi hoje condenado por um Tribunal de São Tomé a três meses de prisão com pena suspensa por um período de dois anos.
A sentença lida hoje pelo juiz Silvestre Leite surge no âmbito de um processo-crime por ameaça de agressão ao Procurador-Geral da República de São Tomé e Príncipe, Adelino Pereira, um caso que ocorreu a 03 de Novembro passado na capital são-tomense.
Condenado por injúria à autoridade pública e danos simples, Posser da Costa, antigo primeiro-ministro (1998-2001), terá ainda de pagar uma indemnização de 20 milhões de dobras, cerca de 1.500 euros ao queixoso.
O tribunal concluiu que Posser da Costa invadiu o gabinete de Adelino Pereira e danificou alguns materiais que lá se encontravam.
Em declarações aos jornalistas no final do julgamento, Posser da Costa acusou o procurador de ter mentido com o objectivo de denegrir a sua imagem.
"Respeito a decisão do tribunal, mas ficou provado de que o Procurador da República mentiu ao dizer que eu era arguido no escândalo financeiro do GGA", disse.
Durante o julgamento, Posser da Costa acusou Adelino Pereira de ter violado o segredo de justiça ao envolvê-lo no processo de desvio de fundos públicos do Gabinete de Gestão de Ajuda (GGA) de São Tomé e Príncipe, no qual o ex-governante apenas surge como declarante.
Eleito em Fevereiro último para o cargo de Presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), Posser da Costa tinha antes renunciado ao cargo de deputado, na altura em que parlamento lhe retirara a imunidade.