Opositores ao acordo de paz na Colômbia querem uma testemunha na nova negociação

por Lusa

Representantes da campanha do `não` ao acordo de paz entre o Governo colombiano e a guerrilha das FARC enviaram uma carta ao Presidente Juan Manuel Santos pedindo para haver uma testemunha, sem voz nem voto, na renegociação.

O ex-Presidente Andrés Pastrana, a ex-candidata presidencial Marta Lucía Ramírez e o ex-procurador Alejandro Ordóñez sublinharam, junto do Presidente, a importância de os colombianos reconhecerem transparência na mesa de negociação, "de modo a superarem a desconfiança" em relação à nova fase de diálogo, que decorrerá em Cuba, como as anteriores.

"Centenas de versões sobre alegadas formas de ignorar a vontade popular expressada nas urnas estão a minar o caminho para a paz que a Colômbia merece e geraram um mar de desconfianças", indica a carta enviada no domingo.

Para manter a confiança, sugerem a criação de "um mecanismo que, sem interferir com as negociações, possa servir de acompanhamento e consulta aos negociadores do Governo e de garantia para a sociedade".

"Adicionalmente poderia existir também uma testemunha na mesa de negociações" com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), já que "a transparência é fundamental para superar a desconfiança".

Depois de o acordo de paz ter sido rejeitado num referendo, Santos convocou um diálogo nacional com diferentes setores da sociedade, incluindo representantes do `não`, como Pastrana, Ramírez e Ordóñez, e o ex-Presidente Álvaro Uribe, líder do partido Centro Democrático e da oposição.

 

 

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