A Amnistia Internacional acusa a polícia do estado brasileiro do Rio de Janeiro de utilizar força letal "desnecessária e excessiva", tendo morto em média, entre 2005 e 2014, mais de 840 pessoas por ano.
A Amnistia Internacional criticou o registo desses casos como "resistência seguida de morte" o que contribuiria para esconder execuções extrajudiciais realizadas pelos agentes do estado.
A organização realçou que o Brasil tem uma das maiores taxas de homicídio no mundo, não considerando apenas os cometidos por polícias, e que, em 2012, 56 mil pessoas foram mortas no país. O perfil de maior vulnerabilidade são os jovens entre 15 e 29 anos (50 por cento das vítimas) e os negros (77 por cento).
O relatório, divulgado a um ano do início dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, também afirma que a cidade tem dois lados: de um de glamour que impressiona o mundo e, outro, de marcas da violência policial que afeta parte significante de homens jovens, negros e pobres.
Como recomendações ao Brasil, a Amnistia pede investigações alargadas, imparciais e independentes sobre os casos, a abertura de um processo criminal adequado na esfera civil, melhores equipamentos para a Divisão de Homicídios para viabilizar a investigação dos casos, e a condenação das violações de direitos humanos.