Protestos na rua enquanto Senado decide destino de Dilma Rousseff

por Inês Geraldo - RTP
Dilma Rousseff fez a sua defesa no Senado brasileiro Reuters

Depois de 14 horas no Senado, a defender-se do processo de destituição, Dilma Rousseff deverá saber nos próximos dias se será destituida do cargo de Presidente da República. Várias demonstrações públicas a favor de Dilma Rousseff levaram a episódios de confrontos violentos com a polícia.

Depois de 14 horas no Senado a fazer a sua defesa contra o processo de impeachment, Dilma Rousseff está perto de saber o seu destino como presidente do Brasil. Rousseff adjetivou a atual situação brasileira como um verdadeiro "golpe de estado".

A presidente brasileira falou durante 45 minutos e negou ter cometido qualquer crime com os dinheiros públicos brasileiros, afirmando que nunca agiria contra os valores que defendeu durante toda a vida e os valores defendidos pelos votantes.

Apesar disso, o futuro não parece ser risonho para Dilma Rousseff, que tem mais de 50 de senadores contra si. Esta terça-feira o Senado volta a discutar o processo de impeachment, o que deverá definir os próximos tempos da presidente deposta e da sociedade brasileira.
Confrontos nas ruas
Enquanto Dilma Rousseff discursava em Brasilia, muitas foram as demonstrações de apoio à ainda presidente do Brasil. Com um pedido em comum - a saída de Michel Temer do executivo brasileiro - vários brasileiros saíram às ruas para pedir justiça à presidente eleita.

Em São Paulo, uma das principais cidades brasileiras, houve confrontos entre manifestantes e polícias com o lançamento de gás lacrimogéneo. Em contra-ataque, os manifestantes espalharam lixo pelas ruas e atearam vários fogos.

Devido à ação da fação popular foi acionada a polícia de choque brasileira que teve de atuar para acabar com a manifestação.

Enquanto isso, Michel Temer não esteve presente no Senado e não ouvia a defesa de Dilma Rousseff, encontrando-se num evento com os vários atletas olímpicos brasileiros que participaram nas últimas olimpíadas, no Rio de Janeiro.

O presidente interino do Brasil diz estar a acompanhar o processo de impeachment com "tranquilidade".
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