Táticas do Estado Islâmico na Europa podem incluir carros-bomba

por Lusa
Pascal Rossignol - Reuters

As redes terroristas como o grupo extremista Estado Islâmico estão a alterar as suas táticas para atacar alvos na Europa, podendo vir a usar carros-bomba, advertiu hoje o Serviço Europeu de Polícia (Europol).

Os ataques jihadistas em Estados-membros da União Europeia ainda não envolveram "o uso de explosivos artesanais, comerciais ou militares em veículos armadilhados" como na Síria ou no Iraque, refere a Europol num relatório publicado em Haia.

Mas, "atendendo ao facto de que o modus operandi usado nos países do Médico Oriente tende a ser copiado por terroristas na Europa... é concebível que grupos jihadistas usem este meio em determinada altura", sustentou a agência.

Os responsáveis pelos ataques em Paris, há um ano, e em Bruxelas, em março, quiseram usar esses meios até que a ação da polícia os fez mudar de planos, refere o relatório.

Os atentados de 13 de novembro de 2015 em França causaram 130 mortos em Paris e em Saint-Denis (subúrbio a norte).

Na Bélgica, bombistas suicidas atacaram o aeroporto de Bruxelas e uma estação de metro perto da sede da União Europeia (UE) a 22 de março, causando a morte de 32 pessoas.

O relatório de 14 páginas, uma atualização sobre os métodos e táticas usadas pelo Estado Islâmico, também refere que especialistas em terrorismo estavam preocupados com a possibilidade de a Líbia, país dilacerado por conflitos, poder evoluir para um "segundo trampolim para o Estado Islâmico, pós-Síria, para ataques na UE e Norte da África.

Desde a revolta armadas há cinco anos que retirou Kadhafi do poder, o país norte-africano tem sido assolado pela violência e instabilidade política.

"Peritos estimam que o Estado Islâmico comece a planear e a levar a cabo ataques a partir da Líbia, se chegar ao fim a fase atual, em que (grupos) estão sobretudo preocupados em tomar o território e livrar-se dos inimigos locais", disse.

As forças de segurança da Europa prenderam 667 suspeitos de atividades jihadistas em 2015, acrescentou o relatório.

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