Reportagem

Voo Paris–Cairo da EgyptAir cai com 66 pessoas no Mediterrâneo

por RTP

O Airbus da EgyptAir voava entre Paris e o Cairo quando caiu no Mediterrâneo, durante a madrugada de quinta-feira. O Governo egípcio admite que o cenário de uma ação terrorista pesa agora mais do que a possibilidade de falha técnica. Segundo a companhia aérea, os destroços do aparelho foram localizados, informação que foi entretanto desmentida pelas autoridades gregas responsáveis pelas investigações. Confira aqui tudo o que já se sabe sobre o voo MS208.

Mais atualizações

23h15 - Ponto da situação: o que sabemos até agora sobre o voo MS208?

  • O avião A320 da EgyptAir desapareceu durante a madrugada de quinta-feira, horas depois de ter descolado do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Seguia em direção ao Cairo, no Egito, onde deveria ter chegado às 3h15 (hora local).
  • A bordo seguiam 66 pessoas, 56 passageiros e 10 membros da tripulação. Grande parte era de nacionalidade egípcia (30) e francesa (15).
  • No avião seguia também um cidadão de nacionalidade portuguesa, informação confirmada logo de manhã pela secretaria de Estado das Comunidades. O homem de 62 anos vivia e trabalhava atualmente em Joanesburgo, na África do Sul.
  • A aviação grega garante que entrou em contacto com o aparelho quando este entrou no espaço aéreo helénico, mas deixou de ter sinal quando voltou a tentar o contacto, perto das 2h30, hora de Cairo. A tripulação deixou de responder às chamadas e minutos depois desapareceu do radar.
  • O ministro grego da Defesa descreveu a trajetória do avião nos últimos minutos em que o radar o conseguiu detetar: “O avião estava a uma altitude de 37 mil pés. Virou 90 graus para a esquerda e depois 360 graus para a direita, ao mesmo tempo que caia para os 10 mil pés”.
  • A estranha trajetória do avião e a aparente ausência de problemas técnicos deu força à tese de atentado terrorista. O ministro egípcio da Aviação considerou que essa a hipótese “mais provável”.
  • François Hollande, o Presidente francês, quer mais provas e conclusões da investigação, mas admitiu que essa possibilidade “paira sobre as nossas cabeças”.
  • O avião A320 desaparecido data de 2003 e efetuava a quinta viagem do dia.
  • Segundo a informação disponibilizada, o piloto tinha mais de seis mil horas de experiência. O co-piloto tinha quase 3 mil horas de voo.
  • Tudo aponta para que o avião tenha caído no Mar Mediterrâneo, próximo das ilhas gregas, mas não até ao momento não foi encontrado qualquer vestígio.
  • Durante o dia, vários órgãos de comunicação confirmaram a localização dos destroços do avião. A própria EgyptAir emitiu um comunicado onde dava como certa essa descoberta. Segundo a companhia aérea, que chegou mesmo a dar essa informação às famílias das vítimas, os destroços teriam sido avistados junto à ilha grega de Karpathos.
  • No comunicado, a EgyptAir informava que o ministro egípcio da Aviação tinha recebido uma carta oficial do ministro egípcio dos Negócios Estrangeiros que confirmava esta informação.
  • Perto das 20h00 (em Lisboa), as autoridades gregas desmentiram o comunicado da companhia aérea. Segundo o grego responsável pelo comité de Segurança Aérea, os destroços encontrados não pertenciam sequer a um avião.
  • Através da CNN, a EgyptAir acabaria por fazer um desmentido, com o vice-presidente a assumir o erro e a confirmar que ainda não havia sinal de destroços. O desmentido oficial já foi entretanto publicado no site da companhia.
  • Alguns dos familiares das vítimas seguiram no segundo voo do dia que faz a ligação entre Paris e o Cairo. Procuram justificações para o desaparecimento e denunciam a ausência de respostas por parte da companhia aérea.
  • Abdel Fatah al-Sisi, mobilizou “todos os meios necessários” para o Mediterrâneo a fim de encontrar o avião. Num comunicado emitido pelo gabinete da presidência, o chefe de Estado destacou a Marinha, Força Aérea e Exército para executar a tarefa.
  • Perante o mistério, vários países se mostraram disponíveis a intervir e ajudar nas buscas pelo aparelho desaparecido e as respetivas caixas negras. “É uma corrida contra o tempo”, disseram os investigadores à Bloomberg.

22h30 - Sem evidências de explosão a bordo, dizem peritos internacionais

Durante o dia, a tese de atentado ganhou força entre os especialistas. Mas a hipótese pode ser abalada pelas declarações de um responsável norte-americano envolvido nas investigações.

À Reuters, a fonte não identificada diz que a análise preliminar das imagens recolhidas mostram que não há qualquer evidência de uma explosão no avião.

Ben Rhodes, porta-voz da Casa Branca, reafirma a posição oficial de Washington: os Estados Unidos não se arriscam a determinar o que aconteceu ao voo MS804.

22h08 - A CNN diz que a companhia aérea recuou em relação às afirmações desta tarde

A EgyptAir tinha emitido um comunicado durante a tarde que confirmava que os destroços encontrados no Mar Mediterrâneo pertenciam ao avião desaparecido. Horas depois, a informação foi desmentida por responsáveis gregos. Agora, segundo avança a estação televisiva norte-americana, a companhia aérea dá um passo atrás.

O vice-presidente da companhia diz agora que reconhece o erro na primeira declaração e esclarece que afinal, os destroços do avião não foram encontrados.

22h00 - EgyptAir de luto

Na última hora, a companhia aérea alterou as fotografias de perfil e de capa no Twitter e Facebook. Nas duas redes sociais, o logo da EgyptAir surge num fundo negro. Uma forma simbólica que assinala o desaparecimento do voo MS804.





20h50
- Presidente egípcio mobiliza "todos os meios necessários" para encontrar destroços

Abdel Fattah Al-Sisi empreende todos os esforços na busca do avião da EgyptAir desaparecido esta manhã. Num comunicado emitido pela presidência egípcia, Sisi promete disponibilizar "todas as medidas necessárias" para encontrar os destroços.

Para esse efeito, Sisi convoca o ministério da Aviação, as forças de busca e salvamento, a Marinha e a Força Aérea egípcias nos esforços de localização do aparelho no Mediterrâneo.

O Presidente egípcio ordenou também a criação de um comité, à responsabilidade do ministério da Aviação, para começar a investigar "imediatamente" o que levou ao desaparecimento do avião.

20h28 - Dois canadianos entre os passageiros do avião desaparecido, confirma o Governo

Continuam a ser conhecidas as nacionalidades dos passageiros que viajavam a bordo do avião A320. O Governo português já confirmou de manhã a presença de um português no voo que seguia em direção ao Cairo.

Grande parte dos passageiros são de origem egípcia (30) e francesa (15).

19h59 - Autoridades gregas negam ter localizado destroços do avião desaparecido

Em declarações à agência France-Presse, o presidente do Comité grego responsável pela Segurança Aérea desmente a informação confirmada durante a tarde pela EgyptAir e assegura que os destroços que foram encontrados não correspondem ao avião A320.

"Até agora, a análise feita dos destroços recuperados indica que não pertencem a um avião. Na última vez que estivemos em contacto, perto das 17h45, o meu homólogo egípcio confirmou comigo que não havia provas de que os destroços pertencessem ao avião da EgyptAir", disse Athanassios Binos.

De realçar que o comunicado da EgyptAir veio a público pouco tempo depois da hora referida pelo responsável, perto das 18h00.

Este desmentido vai ao encontro da informação recolhida por outra agência de notícias, a Associated Press.

19h55 - Autoridades que asseguravam segurança no Aeroporto Charles de Gaulle estão a ser ouvidos

Os polícias que estavam ao serviço durante a noite de quarta-feira e a madrugada de hoje estão a ser ouvidos, avança a Agência Reuters.

De realçar que a segurança nos aeroportos franceses foi reforçada por imposição do estado de emergência, em vigor desde os atentados de novembro, em Paris.

18h58 - França vai enviar auxílio à investigação

Uma equipa de três investigadores franceses do Departamento de Investigação para a Segurança na Avição sai de Paris esta quinta-feira rumo ao Cairo.

Segundo a Associated Press, as autoridades francesas acreditam que esta ajuda poderá ser decisiva não só para a realização de buscas debaixo de água, mas também na localização das caixas negras do avião.

O avião que caiu hoje no Mediterrâneo é de fabrico francês. Por isso, também a empresa Airbus, sediada na cidade de Tolouse, vai enviar um técnico para ajudar às investigações.

18h07
- Destroços do avião foram encontrados, confirma a EgyptAir

A notícia é oficialmente confirmada por um comunicado da companhia aérea, publicado há poucos minutos no site oficial.

No comunicado, a EgyptAir informa que o ministro egípcio da Aviação "acabou de receber uma carta oficial do ministro egípcio dos Negócios Estrangeiros" que confirma a localização dos destroços do avião perto da ilha grega de Karpathos.

Mais acrescenta que a companhia "oferece as mais profundas condolências aos amigos e familiares dos passangeiros do voo MS804".

A EgyptAir refere que os familiares das vítimas já foram contactados e que as investigações quanto às causas do desastre prosseguem agora, contando com a cooperação das equipas egípcias de investigação e as autoridades gregas.

 

17h53: Preocupações em Cairo e Paris

Ainda as investigações estão em curso, e os dois países mais afetados pela queda do avião da EgyptAir, a França e o Egito, tentam acalmar os ânimos.

Lucy Williamson, correspondente da BBC no Cairo, refere que a indústria do turismo deverá sofrer um grande impacto na sequência deste desastre aéreo.

De relembrar que, em outubro de 2015, um avião da companhia russa Metrojet foi desviado para no monte Sinai e acabou por explodir, provocando a morte de 224 pessoas, entre passageiros e tripulação. O Metrojet 9268 tinha como destino a Rússia.

Por sua vez, a França teme os efeitos na procura de bilhetes e o descréscimo na afluência aos aeroportos gauleses durante o Euro 2016.

Num país em estado de emergência inimterrupto desde novembro após os atentados que provocaram mais de 130 mortos, o ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu esta quinta-feira assegurar a segurança "com todas as suas forças" e apela a que se evitem "especulações" quanto às causas do desastre aéreo.

"Estamos empenhados com todas as nossas forças para assegurar a segurança a todos os que visitem a França, nomeadamente todos os que visitam a França durante o europeu de futebol", garantiu Jean-Marc Ayraul, o chefe da diplomacia francesa.

17h39: Reação da Casa Branca

John Earnest, porta-voz da Casa Branca, disse esta tarde que ainda é "demasiado cedo" para saber quais as causas que levaram ao acidente desta madrugada, no Mediterrâneo.

"É demasiado cedo para saber em definitivo o que terá causado este desastre. A investigação ainda está a decorrer e os investigadores envolvidos vão considerar todos os fatores que poderão ter contribuído para o desastre", disse o porta-voz em conferência de imprensa.

17h04: Familiares a caminho do Cairo

As famílias queixam-se da falta de informações disponibilizadas pelo aeroporto do Cairo e pela companhia aérea.

Entretanto, um avião da EgyptAir com vários famliares das vítimas saiu esta tarde do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, em direção ao Cairo.

16h54: Destroços "por confirmar", diz o Egito

O ministro egípcio da Aviação Civil revelou à televisão estatal Nile News TV que "ainda não pode confirmar" que tenham sido encontrados destroços do avião da EgyptAir.

No Twitter, a companhia aérea também contradiz estas informações:

"Em referência às notícias avançadas por vários canais de televisão sobre a localização dos destroços do avião desaparecido, a EGYPTAIR contactou as autoridades em causa, que não confirmaram esta informação", refere.


Sherif Fathy, ministro egípcio da Aviação, em conferência de imprensa. Foto: Mohamed Abd El Ghany - Reuters

15h53: Americanos prestam ajuda

O comité nacional de segurança de transportes norte-americano afirmou que irá prestar assistência ao Egito em "tudo o que for necessário".

14h59: Coletes avistados

De acordo com a televisão estatal grega avançou que foram encontrados destroços e coletes salva-vida ao largo da ilha de Creta.

14h25: Atentado mais provável que falha técnica

O ministro egípcio da Aviação veio a público revelar que a possibilidade de um atentado terrorista é, neste momento, mais provável que a de uma falha técnica do avião da Egyptair.

13h55: Destroços avistados

A televisão estatal grega noticiou que foram encontrados destroços a sul da ilha grega de Creta que podem pertencer ao avião egípcio.

As peças foram encontradas a apenas 80 quilómetros da posição a partir da qual o A320 deu o último sinal nos radares.

Esta informação foi confirmada pelos militares gregos.

13h52: Rússia acredita em atentado terrorista

O diretor dos serviços de segurança da Rússia, Alexander Bortnikov, afirmou que a queda do voo MS804 parece ter carimbo terrorista.

13h36: A opinião do Ministro egípcio da Aviação

O ministro egípcio afirmou que a causa mais provável da queda do avião da Egyptair foi um ataque terrorista, ao invés de uma falha técnica.

13h26: A avaliação dos peritos

Os especialistas ouvidos pela RTP também não afastam a possibilidade de um atentado terrorista como explicação para o desaparecimento abrupto do Airbus da transportadora aérea egípcia.

Pedro Oliveira Pinto, Manuel Oliveira - RTP

Recorde-se que o piloto do aparelho era experiente. Tinha mais de seis mil horas de voo.

13h03: Tudo em aberto

As autoridades egípcias acompanham aquela que tem sido a posição do Governo francês. Não excluem "nem um ato terrorista, nem um incidente técnico". Adiantam também que, até ao momento, não foi localizado qualquer pedaço do aparelho.

12h33: Conhecida identidade de passageiro português

A vítima portuguesa que estava no voo MS804 era João Silva, de 62 anos, um engenheiro civil empregado na Mota-Engil, avança o semanário Expresso.

O português era casado e tinha quatro filhos e já trabalhava há anos em vários países africanos, estando atualmente em Joanesburgo, na África do Sul.

A presença do cidadão português a bordo fora já confirmada pelo secretário de Estado das Comunidades, José Carneiro, embora sem revelar a identidade.


12h30: França prolonga estado de emergência

O Parlamento francês aprovou o prolongamento do estado de emergência no país, o que acontece pela terceira vez desde os atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris.

12h22: Primeiro-ministro egípcio diz que buscas decorrem em local específico

Sherif Ismail, primeiro-ministro egípcio, explicou que as buscas pelo avião da EgyptAir estão a ser realizadas em coordenação com as autoridades gregas.

As Forças Armadas do Egipto declararam, também, que não receberam nenhum pedido de socorro por parte do voo MS804, apenas um sinal.

12h10: François Hollande não descarta qualquer hipótese

O Presidente francês disse que não está a ser descarta nenhuma hipótese sobre a queda do avião da EgyptAir ao largo da ilha grega de Karpathos.

"Temos o dever de saber e conhecer tudo sobre as causas do que aconteceu. Nenhuma hipótese está descartada e nehuma hipótese é privilegiada", declarou Hollande.

"Coloco tudo à disposição das autoridades gregas e egípcias para que possamos cooperar".

11h59: Ministro grego da Defesa fala de "movimentos bruscos"

O ministro grego da Defesa revelou que o voo MS804 fez "movimentos bruscos" antes de desaparecer dos radares e cair.

"A imagem que temos é que às 0h37 o avião, que se encontrava a cerca de dez a 15 milhas do espaço aéreo egípcio, virou 90 graus à esquerda e depois 360 graus à direita, caindo de 37 mil para 15 mil pés, até que se perdeu a imagem, a cerca de dez mil pés de altitude", explicou Panos Kammenos.

As buscas continuam ao largo da ilha de Karpathos, mas ainda não produziram qualquer resultado.

11h48: Especialistas afirmam que atentado terrorista é hipótese mais forte

Segundo o especialista em aeronáutica Gérald Feldzer, uma avaria mecânica do voo MS804 é pouco provável. O perito diz que a hipótese mais plausível é a de um ataque terrorista.

"Uma falha técnica grave - a explosão de um motor, por exemplo - parece improvável", disse Feldzer, que explicou que o aparelho era relativamente novo e que tinha entrado em funcionamento em 2003. O avião A320 é considerado um dos mais fiáveis a nível mundial.

11h40: Paris abre investigação

A procuradoria de Paris anunciou a abertura de um inquérito à queda do avião da EgyptAir. As autoridades francesas confirmam que “nenhuma hipótese é afastada”.

11H20: Piloto não apontou “nenhum problema”

A Aviação Civil da Grécia avança que o piloto não falou em qualquer tipo de problema no último contacto estabelecido com as autoridades.

Em declarações à televisão grega Antenna, o responsável pelo organismo refere que o último contacto ocorreu quando o avião sobrevoava a ilha de Kea a uma altitude de 37 mil pés. Constantin Litzerakos acrescenta ainda que o piloto “estava bem disposto e agradeceu em grego”.

11h07: Buscas prosseguem

As autoridades gregas avançam que as buscas no Mar Mediterrâneo ainda decorrem e que ainda não foi encontrado nada.

10h55: Avião ativou mecanismos de sinalização

Paulo Soares, piloto e diretor do aeródromo de Viseu, analisou as circunstâncias conhecidas no momento sobre a queda do avião da Egyptair.

Apesar de ainda não serem conhecidas as causas deste acidente, o que os dados disponíveis mostram é que, tecnicamente, o avião ativou os mecanismos de sinalização de emergência nestes casos.


10h50: Cidadão português vivia em Joanesburgo

O Governo português confirma que um cidadão luso viajava a bordo do voo MS804 da EgyptAir. Trata-se de um cidadãos de 62 anos e que vivia em Joanesburgo, na África do Sul.

10h30: Airbus publica comunicado

Através do Facebook, a Airbus confirma o desaparecimento do airbus A320 da EgyptAir. A construtora aeronáutica avança que o aparelho foi entregue à EgyptAir em novembro de 2003. O aparelho somava cerca de 48 mil horas de voo.

A Airbus coloca-se á disposição das autoridades para fornecer toda a assistência técnica necessária para apurar as causas do acidente.

A companhia recorda ainda que o primeiro A320 entrou em funcionamento em março de 1988 e que há cerca de 6700 A320 a operar atualmente no mundo. Toda a frota já realizou cerca de 180 milhões de horas de voo em cerca de 98 milhões de voos.




10h23: França e Egipto trocam condolências


Paris e Cairo já trocaram condolências perante a queda do avião A320 da Egyptair. O ministro dos Negócios Estrangeiros do Egipto falou ainda em “queda” do avião, naquela que foi a primeira declaração oficial a apontar nesse sentido.

O ministro dos Negócios Estrangeiros revela ainda que os dois países concordaram em cooperar de forma próxima na investigação às causas da queda.

10h07: O que terá acontecido ?

As autoridades não afastam por enquanto qualquer possibilidade, nomeadamente a de acidente ou a de atentado. Ouvido pela AFP, o especialista em aeronáutica Gérard Feldzer aponta que uma explosão a bordo provocada por um problema técnico é pouco provável.

Feldzer recorda que o avião era relativamente recente, tendo entrado em funcionamento em 2003. Trata-se de um airbus A320, considerado um aparelho fiável e o avião de médio curso mais vendido no mundo. “Todos os 30 segundos há um A320 que aterra ou descola”, assinala o especialista.

A própria Egyptair é uma companhia autorizada a voar em espaço europeu, cumprindo os requisitos da legislação comunitária. A companhia até pertence à Star Alliance, da qual também faz parte a TAP Portugal.

A concretizar-se a tese de atentado, apresenta-se como pouco provável que o avião tenha sido abatido por um míssil, como aconteceu com o voo 17 da Malaysia Airlines em 2014. Em causa, o facto de o avião se encontrar a alta velocidade e a alta altitude, numa zona ainda longe da costa.

Gérard Feldzer aponta que o aparelho poderia ter sido abatido por um outro avião. No entanto, o especialista acredita que se assim fosse já se saberia, uma vez que o desaparecimento do avião numa zona suficientemente próxima de Israel e da Faixa de Gaza, uma das zonas mais vigiadas do mundo.

Para Gérard Feldzer, a hipótese, à partida, mais provável passa por uma explosão a bordo provocada por uma bomba. Um dispositivo explosivo poderia ter sido inserido numa das paragens que o airbus A320 tinha recentemente feito quer no aeroporto de Paris como do Cairo.



9h37: França ativa centro de crise

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros garantiu que a prioridade neste momento é apoiar os familiares dos passageiros. Jean-Marc Ayrault confirmou também que havia 15 passageiros franceses a bordo.

As autoridades francesas criaram já um centro de crise em Paris e outro na embaixada francesa no Cairo.


9h33: Governo confirma português a bordo

A secretaria de Estado das Comunidades confirmou esta manhã à agência Lusa a existência de um português a bordo do avião da EgyptAir, que voava de Paris para o Cairo e que se terá despenhado no Mediterrâneo.

Uma fonte da secretaria de Estado das Comunidades disse à Lusa que "já há uma confirmação oficial da nacionalidade do passageiro".

"Ainda não sabemos mais pormenores. Só temos a confirmação de que há um passageiro de nacionalidade portuguesa", salientou. A companhia aérea Egyptair tinha já avançado, através do twitter, que havia um português entre os 56 passageiros que seguiam a bordo.

9h29: Navios participam nas buscas pelo voo MS804

Multiplicam-se os navios que participam nas buscas pelo avião que desapareceu esta madrugada. O site Marinetracker, que monitoriza o transporte marítimo, dá conta de que vários navios se têm dirigido para o último local onde o airbus A320 da Egyptair foi repertoriado.



9h16: AFP avança que avião despenhou-se ao largo de Karpathos

Fonte aeroportuária avançou à agência France Presse que o airbus A320 da Egyptair se despenhou ao largo da ilha grega de Karpathos.

O responsável avançou à AFP que o avião estava já no espaço aéreo egípcio, tendo se despenhado a cerca de 130 milhas da ilha grega por volta das 3h29 locais (1h29 em Lisboa).

 
 

9h02: Primeiro-ministro egípcio não exclui terrorismo

O primeiro-ministro egípcio indicou esta manhã que as operações de busca prosseguem e que ainda é cedo para excluir qualquer motivo para o acidente, incluindo terrorismo.

“As operações de busca decorrer atualmente na zona onde se acredita que o avião perdeu contacto”, indicou Sherif Ismail aos jornalistas no eroporto do Cairo.

8h51: Último registo à 1h29

Segundo o site flightradar24, o avião da Egyptair seguia a um velocidade normal quando o seu trajeto deixou de ser monitorizado. No último registo identificado no site, às 1h29, o avião seguia a quase 37 mil pés de altitude e a uma velocidade de 534 nós (cerca de 988 quilómetros por hora).



8h45: 
Hollande falou com Sissi

A Presidência francesa começou o dia com uma reunião interministerial para discutir o desaparecimento do voo MS804.

Em comunicado, o Eliseu avança que François Hollande já falou com o presidente do Egito, e que os dois países irão cooperar para apurar “o mais rapidamente possível as circunstâncias deste desaparecimento”.

O primeiro-ministro francês Manuel Valls confirmou que a França está preparada para ajudar nas buscas e que nenhuma tese deve ser afastada de momento.


8h30: a síntese dos acontecimentos

O voo MS804 da EgyptAir realizava a ligação entre o aeroporto de Paris – Charles de Gaulle e o aeroporto do Cairo. O aparelho descolou da capital francesa às 23h20 (22H20 em Lisboa), cerca de dez minutos depois da hora prevista, tendo desaparecido dos radares duas horas depois.

A bordo do aparelho seguiam 56 passageiros, nomeadamente uma criança e dois bebés. A tripulação era composta de dez pessoas – dois pilotos, três seguranças e cinco membros de cabine. Ao todo, o airbus A320 transportava 66 pessoas.

A companhia aérea revelou já a nacionalidade de todos os passageiros, havendo um cidadão português que seguia a bordo. O avião transportava ainda 30 passageiros egípcios, 15 franceses, dois iraquianos, um britânico, um belga, um kuwaitiano, um saudita, um sudanês, um chadiano, um argelino e um canadiano.

As buscas ocorrem por esta altura no mar mediterrâneo, uma vez que o avião desapareceu a cerca de cinquenta quilómetros a norte da costa egípcia. Participam nas operações as autoridades do Cairo e também a Grécia.