Caça à multa: radares escondidos e colocados em zonas propícias a mais velocidade

por Luís Miguel Loureiro, Joana Machado, Teresa Marques, Dores Queirós, Miguel Castro, Pedro Miguel Gomes, Nuno Tavares, Paulo Lourenço, José Carrilho

Ao contrário do que defendem as autoridades, os pontos negros da sinistralidade rodoviária raramente coincidem com os locais onde as autoridades fiscalizam o excesso de velocidade.

O Sexta às 9 juntou as coordenadas dos pontos negros da sinistralidade com a maior base de dados de localizações habituais de radares. A investigação conclui que há fortes indícios de que os radares estão a ser colocados nos locais mais propícios ao aumento de velocidade.

A dar força a este facto está outro diretamente associado. Na maioria dos casos, os radares estão em locais escondidos. O resultado está nos números.

Nos últimos dois anos, a sinistralidade manteve-se em valores praticamente inalteráveis. Mas no mesmo período, o número de condutores multados aumentou 30 por cento. Um aumento que se traduziu num encaixe de 90 milhões de euros para o Estado.
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