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Em conferência de imprensa, a defesa de José Sócrates lembra que não há indícios, não há provas e não há acusação contra o antigo primeiro-ministro.
O advogado considera mesmo a Operação Marquês como uma ridícula encenação e que a honra de José Sócrates tem de ser reparada. A defesa do antigo PM confirma que vai apresentar recurso.
Sócrates passou a primeira noite em casa depois de quase 10 meses de prisão preventiva, em Évora, e agora encontra-se em prisão domiciliária sem pulseira eletrónica.
Os advogados de defesa consideram ainda que, na Operação Marquês, "ultrapassaram-se todos os prazos da decência" e que tarda a conclusão do inquérito, observando que Portugal é um país que está doente" e "esqueceu a liberdade".
Pedro Delile isse estar convencido de que o final deste processo será o arquivamento, salientando: "Espero que tenha razões para estar convencido de que não vai haver acusação (..) porque acredito na justiça. Foram dois anos e dois meses de devassa pessoal e profissional da vida do engenheiro Sócrates."
A decisão de alterar as medidas de coação do antigo primeiro-ministro, o único dos arguidos da "Operação Marquês" que ainda estava na cadeia, foi tomada pelo Tribunal da Comarca de Lisboa, na sequência de uma diligência nesse sentido do Ministério Público, e foi tornada pública ao fim da tarde de sexta-feira.
(Com Lusa)