26,6% da população portuguesa vive em situação de pobreza, quando a média na União Europeia é de 23,7%.
O problema da pobreza esteve em análise, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal fala em impasse e barreiras políticas ao desenvolvimento de ações eficazes no combate ao fenómeno."Há de facto obstáculos ideológicos que têm impedido pensar no bem comum", afirma o padre Agostinho Moreira.
Ainda assim, mais de 98 mil famílias recebiam, em agosto, o Rendimento Social de Inserção.
As crianças são o grupo mais vulnerável. A Taxa de Risco de Pobreza junto dos mais pequenos foi de 24,8 por cento, no ano passado, ou seja, uma em cada quatro crianças estavam em risco de pobreza.
Para ajudar a combater o problema, o Orçamento do Estado para 2017 vai duplicar o valor do abono de família para crianças mais carenciadas até aos três anos de idade. O valor passa de 32 para 74 euros, em duas fases. Uma já em janeiro e outra em julho. Até ao final da legislatura o governo promete voltar a duplicar o valor da prestação social para pelo menos 145 euros mensais.
Os especialistas estão preocupados e sugerem a criação urgente de um observatório permanente para monitorizar, em tempo real, os números e as políticas relacionadas com este problema.
