Espinho contra a desqualificação do Centro Materno Infantil de Gaia/Espinho

por Lusa

A Assembleia Municipal de Espinho aprovou por unanimidade uma moção do PS contra a desqualificação da unidade materno infantil do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho, que será enviada para a tutela, divulgou hoje a autarquia.

"A Assembleia Municipal [AM] de Espinho manifestou-se contra a desqualificação do Centro Materno Infantil do CHVN Gaia/Espinho e apela ao ministro da Saúde para que não implemente as conclusões injustas e desadequadas a que a Comissão Técnica chegou", refere comunicado da Câmara Municipal de Espinho.

Segundo a autarquia, a assembleia convidou também o executivo camarário a associar-se a esta moção, "que deverá ser enviada para o Ministério da Saúde, para a ARS [Administração Regional de Saúde] Norte e para a Administração do Centro Hospitalar VN Gaia/Espinho".

Em causa está a proposta da comissão criada pelo anterior Governo para avaliar a Rede de Referenciação Hospitalar em Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, divulgada no final de maio no portal do Serviço Nacional da Saúde e que se encontra em discussão pública até quinta-feira.

Na proposta é defendida, entre outros aspetos, "a transferência dos cardiologistas pediátricos do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho e do Centro Hospitalar do Porto para o Serviço de Cardiologia Pediátrica do Centro Hospitalar de São João".

E ainda: "defende-se a transferência dos cirurgiões pediátricos do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho e do Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro para os Serviços Diferenciados de Cirurgia Pediátrica".

Para os socialistas na AM de Espinho, os argumentos apresentados na proposta são "falaciosos" e ignoram "a demografia e os fatores clínicos, sociais e geográficos que, pelo contrário, reforçam a importância" daquele centro hospitalar.

A AM aprovou também, na última noite, uma moção apresentada pelo PSD onde é apelado ao governo que "autorize com urgência a libertação das verbas necessárias para a segunda fase da obra de requalificação e ampliação do Centro Hospitalar de Gaia-Espinho, obra de enorme importância para os 700 mil utentes servidos por esta Unidade Hospitalar".

A moção dos sociais-democratas referia ainda que "obra tem mais de 80 por cento do financiamento garantido e está a aguardar autorização do governo e a libertação de verbas para o lançamento do concurso de empreitada".

Já na passada semana a Câmara de Gaia aprovou, por unanimidade, recomendar ao Governo que desconsidere a proposta de desqualificação da unidade materno infantil.

No mesmo dia, o presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira, apelou ao Governo que autorize a libertação das verbas necessárias para a conclusão da obra de requalificação e ampliação do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho.

O autarca denunciava, em comunicado, que aquele Centro Hospitalar, que serve 700 mil utentes a sul do Douro, "tem as obras de construção do novo edifício paradas por falta de luz verde do Governo".

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