População de nove países árabes considera que a corrupção se agravou

por Lusa

Berlim, Alemanha 03 mai (Lusa) -- Os cidadãos de nove países e territórios árabes consideram que a corrupção se agravou no último ano, especialmente no Líbano e no Iémen, de acordo com um estudo da organização não-governamental Transparency International.

Quase 11 mil pessoas participaram no inquérito da ONG, que revela a perceção de que a corrupção também está a aumentar na Argélia, Egito, Jordânia, Marrocos, nos territórios palestinianos, Sudão e Tunísia.

No total dos países em questão, 61% dos inquiridos disse considerar que a corrupção se agravou no último ano.

"O descontentamento público com líderes e regimes corruptos tem sido um catalisador chave para a mudança no Médio Oriente e no Norte de África, principalmente com os protestos da Primavera Árabe", explicou o grupo sediado em Berlim.

"No entanto, apesar de meia década ter passado desde que muitos destes protestos aconteceram, o nosso Barómetro Global de Corrupção continua a verificar uma insatisfação pública generalizada com os esforços dos governos para reduzir a corrupção no setor público", indica a Transparency International.

A organização aponta também que "a maioria das pessoas na região tem a perceção de que a corrupção aumentou recentemente (61%) e muitos consideram que os dirigentes governamentais e membros do parlamento são altamente corruptos".

Os países cuja população acusou um maior agravamento da corrupção foram o Líbano (92%), o Iémen (84%) e a Jordânia (75%), contra 28% no Egito e 26% na Argélia.

Entre os entrevistados, 77% dos iemenitas e metade dos egípcios disseram já ter pagado um suborno para obter um serviço público, contra 9% dos tunisinos e 4% dos jordanos.

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