Jerónimo quer renegociação da dívida e aumento do salário mínimo para 600 euros

por Maria Flor Pedroso

Foto: Tiago Petinga - Lusa

O reconduzido secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, insistiu na necessidade de Portugal renegociar a dívida, no final do Congresso comunista, em Almada. Jerónimo defendeu que o nosso país deve libertar-se da teia do euro para poder crescer, e fez uma espécie de caderno de encargos para o Governo socialista. No discurso, houve dois nomes que não foram citados.

Jerónimo de Sousa salientou "algumas das prioridades da intervenção próxima" do seu partido - "aumento dos salários e fixação do Salário Mínimo Nacional em 600 euros, em janeiro próximo; a alteração de aspetos gravosos da legislação laboral, com revogação da caducidade da contratação coletiva; o combate à precariedade e aplicação do princípio de que a um posto de trabalho permanente deve corresponder um vínculo efetivo", ao mesmo tempo que defendeu Serviço Nacional de Saúde, escola e transportes públicos e a cultura.

Jerónimo de Sousa foi mais longe ao considerar ser "inaceitável que nos queiram atirar enquanto povo e nação para o gueto do empobrecimento, dependência e negação dos direitos de Portugal ao seu desenvolvimento soberano. Inaceitável que todos os anos sejam retirados mais de oito mil milhões de euros aos recursos públicos só para pagamento de juros da dívida para manter o privilégio e, no final de cada ano, a dívida se encontrar exatamente na mesma", lamentou.
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