Manuel Pizarro: "As contas estão controladas"

por Rui Sá, João Fernando Ramos

O défice cresceu 56 milhões de euros mas a despesa primária do estado está a diminuir.
Ricardo Rio, do PSD, diz que a execução orçamental dos primeiros meses do ano "não é significativa", porque "não reflete o impacto das medidas deste orçamento".
Manuel Pizarro, do PS diz que "as contas estão controladas" mas avisa que "não podemos estar descansados" e que "2017 não vai ser um ano fácil".

O défice das contas públicas aumentou para os 1.600 ME até abril. O Ministério das Finanças refere que este valor do défice representa 29,7% do previsto para o ano inteiro, sendo que em 2015 correspondia a cerca de 31%.
Quanto ao saldo primário, que exclui os encargos com a dívida pública a execução orçamental aponta para um excedente de 1.118 milhões de euros", uma "melhoria de 261 milhões de euros face a 2015. Seis meses depois da tomada de posse o PS está satisfeito com o Governo, Pedro Passos Coelho fala num retrocesso.
Ricardo Rio diz que o presidente do PSD tem razão na análise que faz. "É já possível vislumbrar que a economia não está a crescer. Houve um aumento significativo do desemprego, uma retração do investimento público e privado". O social democrata acredita que terá que "haver no futuro uma reversão das reversões. A economia não está a gerar o dinheiro necessário para pagar as políticas sociais".
Manuel Pizarro fala em rigor e num governo que "pela primeira vez está a cumprir com as promessas que fez". O socialista lembra no entanto que "o estado a que o país estava a chegar era insustentável. Não podemos em nome das finanças públicas, cujo equilíbrio é essencial, sacrificar centenas de milhar de pessoas ao desemprego, à pobreza extrema, à emigração".
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