OE 2017: Fábulas e eleitoralismo orçamental

por João Fernando Ramos, Rui Sá

Pedro e o (Lobo) Diabo estão de volta, diz Miguel Alves,do PS. O Milagre das Rosas está cheio de espinhos, garante Nuno Vieira e Brito do CDS.
No dia em que o ministro das finanças alemão veio dizer que Portugal estava no bom caminho com governo anterior, mas que optou por um rumo perigoso com o atual, e a Comissão Europeia desdramatizou o pedido de informação sobre o Orçamento (que fez a sete países), Nuno Vieira e Brito deixa críticas a Wofgang Schäuble , mas não deixa de assinalar que há fragilidades no Orçamento do Estado.

"O crescimento não existe, continua a não existir, mas a geringonça está devidamente alinhada com o défice", diz o centrista Nuno Vieira e Brito que acredita que as metas, a esse nível, vão ser cumpridas pelo governo.

No Jornal 2 Miguel Alves diz que essa é a demostração "de que havia alternativa". O socialista lembra que "o investimento está a crescer" e que "finalmente os fundos comunitários começam a chegar à economia".

O autarca de Paredes de Coura garante que "finalmente as autarquias estão a ser relativamente bem tratadas num orçamento que passou a cumprir com o que está estipulado na lei de financiamento autárquico e que nos últimos quatro anos foi ignorado". Miguel Alves lembra que há mais 74,5 milhões de euros para os concelhos investirem. Um aumento de 2,9% face ao ano passado, que vai animar as economias locais, potenciar crescimento e garantir postos de trabalho.

Nuno Viera e Brito não deixa esquecer que este é um ano de eleições autárquicas e que muita desta política ("em como aumentos das pensões em agosto, o o fim da retenção da sobretaxa para quase todos em setembro") é reflexo de uma clara gestão eleitoralista do orçamento que "beneficia mais o PS, porque é o PS quem tem mais câmaras no país".
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