MOLL FLANDERS

A amarga e sinuosa vida de uma mulher na Inglaterra do século XVIII, num envolvente melodrama com Robin Wright e Morgan Freeman

Em Londres, no século XVIII, Hibble, um criado negro, conta à jovem Flora a vida da sua mãe, Moll Flanders, uma mulher de espírito e coragem que soube enfrentar uma vida de miséria e dificuldades. Moll nasceu na prisão e ficou ao cuidado das freiras, após o enforcamento da sua mãe, condenada por roubo. Educada no convento, Moll nunca deixou que lhe quebrassem o seu sentido de independência e, após um incidente com um padre, é abandonada na rua. Refugia-se num bordel e torna-se prostituta, onde conhece Hibble, que será um dos raros homens de confiança e honra que conheceu ao longo da sua vida. O outro é um pintor para quem posou, com quem viveu o único caso de amor e de quem teve a sua filha. Moll separa-se da filha, que vai parar ao orfanato onde Hibble a encontra para a levar ao encontro de um benfeitor na América.

Baseando-se na personagem de um romance de Daniel Defoe, Pen Densham, escreveu e realizou um fascinante melodrama de época sobre a acidentada trajectória de uma mulher corajosa, dura, engenhosa e independente que soube sobreviver à miséria e degradação de uma vida errante nas ruas de Londres no século XVIII. Densham percorre um itinerário de miséria humana, de humilhações e abusos, de violência e amargura num tempo em que uma mulher para sobreviver sem família, dinheiro ou protecção, mantendo vivo o seu espírito de independência e honra, teria de ser verdadeiramente especial. ¿Moll Flanders¿ é um belo retrato de mulher e uma particular e incisiva visão, dessa mesma mulher, de uma era que só nos romances foi verdadeiramente romântica. Um filme dirigido com sensibilidade e inteligência, que conta com um excelente elenco, onde se destacam os nomes de Robin Wright, Morgan Freeman, Stockard Channing e Brenda Fricker.