As memórias traumáticas do Holocausto e as complexidades do choque de mentalidades no seio de uma família judia, num drama familiar com Isabella Rossellini, Maximilian Schell e Topol.
Em 1972, Chaja, uma estudante de filosofia de Antuérpia, aceita emprego como “nanny” na casa da família Kalman, judeus ortodoxos. Apesar de ser, também, judia, os comportamentos liberais de Chaja entram em conflito com a severa rotina de vida dos Kalman. Porém, Chaja consegue estabelecer uma inesperada relação com Simcha, o filho de quatro anos dos Kalman que não fala, apesar de ouvir perfeitamente. Sob a influência de Chaja, Simcha, começa a falar e aquela vai descobrir, através do contacto com a família Kalman, o sentido das suas origens judias e modificar radicalmente a sua relação com os seus pais, que eram tensas e conflituosas.
e assina a realização deste envolvente e tocante drama familiar onde se reflectem de forma distinta as traumáticas memórias do Holocausto. Uma liberal, moderna e desinibida estudante de filosofia, que tem uma difícil relação com os seus pais, ambos sobreviventes do Holocausto, vai descobrir as suas raízes judaicas quando começa a trabalhar no seio de uma severa e tradicional familia de judeus ortodoxos em Antuérpia. Krabbé e o seu argumentista, Edwin de Vries, adaptaram com sensibilidade o romance de Carl Friedman sobre as complexidades das memórias de um passado brutal e sinistro, no caso o Holocausto e a perseguição nazi aos judeus, num Mundo feliz e seguro em que tudo isso parece ser uma história do imaginário bíblico, enquanto equaciona as diferentes facetas do choque de mentalidades entre a obsessiva severidade religiosa e a falta de referências e valores de uma nova geração de judeus que perdeu as referências. Destaque para as presenças no elenco, para além de Krabbé, de Isabella Rossellini, Maximilian Schell, Topol e Laura Fraser.