Exploração de lítio em Portugal não pode ser feita a qualquer preço, dizem ambientalistas

por Antena 1

Foto: David Mercado/Reuters

Ambientalistas defendem que a exploração de lítio em Portugal não pode ser feita a qualquer preço. Num fórum nacional, na Covilhã, os participantes exigiram também que o tema seja incluído no programa das próximas campanhas eleitorais.

Movimentos ambientalistas, população e especialistas defenderam este sábado, no Barco, concelho da Covilhã, que a exploração de lítio em Portugal não pode ser feita a qualquer preço e exigiram que os partidos clarifiquem posições na próxima campanha eleitoral.

"É uma questão nacional e neste momento parece que o lítio é um mineral emergente, mas a exploração não pode ser a qualquer preço. Portugal não pode querer ser o maior produtor de lítio da Europa, quando se está a pôr em causa o direito à vida nas regiões", afirmou Anselmo Gonçalves, investigador do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT).

Organizada pela Quercus, esta iniciativa decorreu no Barco, localidade do concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, que está a poucos metros da serra da Argemela, sob a qual recai um pedido de concessão mineira que abrange mais de 400 hectares.

Uma exploração que a população teme que venha a ser aprovada, e, em consequência, ponha em causa o ambiente, a paisagem, os cursos de água, a fauna e a flora e representando um "golpe severo" para a saúde e qualidade de vida dos que ali vivem, como apontou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia do Barco, Luís Morais.
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