Nobel da Medicina atribuído a James P. Allison e Tasuku Honjo por estudos sobre o cancro

por RTP
Equipa de Tasuku Honjo logo que foi anunciado o prémio Nobel da Medicina Twitter

O norte-americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo foram distinguidos esta segunda-feira com o Nobel da Medicina pelos seus estudos sobre o cancro, anunciou o Instituto Karolinska de Estocolmo.

Os estudos do norte-americano e do japonês mostraram como diferentes estratégias de atuação sobre o sistema imunitário podem ser usadas no tratamento do cancro. “As suas descobertas são um marco na luta contra o cancro”, pode ler-se na página oficial dos prémios Nobel.


De acordo com o Comité, as descobertas de James P. Allison e Tasuku Honjo revolucionaram o tratamento do cancro. O trabalho dos dois investigadores vai no sentido de aproveitar a capacidade do sistema imunitário de atacar as células com cancro libertando “os travões das células imunitárias”. Quando retirados, libertam células que atacam o tumor. A terapia de checkpoint imunitário já contribuiu para progressos nos tratamentos de cancro avançado.

A teoria de que o sistema imunitário pode ser utilizado para atacar as células cancerígenas é explorada desde o início do século XIX. James P. Allison e Tasujo Honjo desenvolveram terapêuticas diferentes a partir deste mesmo conceito.

O futuro passa por descobrir métodos de reduzir os efeitos secundários e melhorar a sua eficácia.

Tratamentos reconhecidos com o Prémio Nobel vão desde a quimioterapia ao transplante de medula. As taxas de remissão são elevadas quando a doença é detectada no início, mas existem ainda poucas terapias para o cancro avançado.

A Assembleia dos prémios Nobel considera esta descoberta “um marco na luta contra o cancro”, que vem melhorar as perspetivas para o futuro.

O prémio Nobel da Medicina é o primeiro destes galardões a ser anunciado, seguindo-se, nos próximos dias, os da Física, Química, da Paz e da Economia.
Tópicos
pub