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12º Festival Internacional de Castelo Branco até 03 Junho

por Agência LUSA

Concertos, oficinas de dança e percussão e uma conferência incluem o programa do "Primavera Musical - 12º Festival Internacional de Música de Castelo Branco", que hoje começa e se prolonga até 03 de Junho, disse fonte da organização.

"O festival completa 12 anos com algumas razões para festejar.

Festejamos o facto de termos mantido a ilusão e o sonho ao longo de mais de uma centena de concertos, procurando apresentar o melhor que se faz a nível nacional e internacional", afirmou à agência Lusa Carlos Semedo, do Conservatório Regional de Castelo Branco, promotor do evento.

Segundo aquele responsável, outros motivos de celebração passam igualmente pela "sobrevivência aos apoios erráticos", conseguida, nomeadamente através do "incentivo do público e dos artistas" que visitam o festival.

Carlos Semedo sublinhou que o certame esteve, em 2006, "quase para não se realizar", tendo sobrevivido à custa de parcerias e com o patrocínio da autarquia de Castelo, "mas não com o apoio do Ministério da Cultura".

"[As parcerias] permitiram montar um programa que embora curto mantém o princípio do respeito pelo público ao oferecer programas que julgamos aliciantes, por intérpretes de grande nível" sustentou.

O cartaz do festival, intitulado "Primavera Musical 2006", abre hoje, pelas 21:30, no Cine-Teatro Avenida, com um concerto pela orquestra sinfónica da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

O espectáculo inaugural, dirigido pelo maestro Xavier Gagnepain, inclui a interpretação de obras de Franz Schubert (Sinfonia Incompleta), a Suite Checa de Antonin Dvorak e o Adágio para Quarteto de Orquestra de Guillaume Lekeu.

A 28 de Maio, no Centro Artístico Albicastrense, a soprano Elizabeth Keusch e o Ensemble Contrapunctus, sob direcção de Cesário Costa, apresentam obras de Schoenberg, Mozart e Schumann, entre outros.

Carlos Semedo destaca a participação de Elizabeth Keusch "uma referência internacional" bem como o "carácter excepcional" que uma obra como "Pierrot Lunaire", de Arnold Schoenber, assume ao ser apresentada na região da Beira Interior, pobre "ao nível do acesso a bens culturais que são uma referência na história da arte".

Na tarde de 29 de Maio, no Conservatório Regional de Castelo Branco, decorre uma conferência sobre o Fernando Lopes Graça.

à noite, no mesmo local, realiza-se um concerto que inclui Canto de Amor e Morte do maestro e compositor português, para além de um recital com a participação da actriz Irene Cruz, no melodrama "Lenore", de Liszt.

No dia seguinte, terça-feira, é a vez do Cyber Centro de Castelo Branco receber César Viana, coordenador artístico do projecto Belgais, fundado nos arredores daquela cidade pela pianista Maria João Pires, que apresentará um espectáculo de flauta intitulado "Índios, Burgueses e Samurais".

As "protagonistas" são três flautas - a flauta dos índios norte-americanos, o shakuhachi (Japão) e a ocidental flauta de bisel - instrumentos que passaram por um período de esquecimento ou mesmo desaparecimento, em especial época barroca (séculos XVII e XVIII), renascendo no século XX.

De uma parceria com a Associação Arco da Velha nascerão duas oficinas, uma de danças mistas mirandesas, por Diana Caramelo, a realizar durante a tarde de Sábado, 03 de Junho, na zona da Devesa, centro da cidade de Castelo Branco.

A outra oficina, esta de percussão, orientada por Luís Saraiva, decorre durante o período do festival, sendo dirigida a alunos dos 1º e 2º ciclos do ensino básico.

O 12º Festival Internacional de Música de Castelo Branco encerra pelas 21:30 de dia 03 de Junho, com um concerto no Conservatório Regional, onde o pianista António Rosado, acompanhado de um quarteto de cordas, interpretará obras de Brahms e Chostakovich.

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