Bob Dylan. A "Never Ending Tour" do trovador faz escala em Lisboa

por Carlos Santos Neves - RTP
Bob Dylan atuou pela primeira vez em Portugal em julho de 1993 Mark Makela - Reuters

O palco da Altice Arena, em Lisboa, pertence esta quinta-feira a Bob Dylan. O lendário músico e poeta norte-americano, reticente Nobel da Literatura em 2016, traz a Portugal a Never Ending Tour e com esta, espera-se, um cancioneiro de cinco décadas.

Lisboa é a primeira escala em mais de duas dezenas de concertos agendados para o Velho Continente até ao termo do mês de abril. A Altice Arena está esgotada.
Bob Dylan foi distinguido em 2016 com o Prémio Nobel da Literatura por “ter criado novas formas de expressão poéticas no quadro da grande tradição da música americana”.
É preciso recuar dez anos para evocar o último espetáculo dado em Portugal pelo trovador de 76 anos. Bob Dylan tocou e cantou no verão de 2008 em Algés, integrado no cartaz do Alive.

“Durante toda a atuação, foram poucas as vezes que se virou para a audiência e só comunicou com o público quase no final do concerto. O único momento de grande comunhão com a audiência ficou reservado para essa altura, com a interpretação do clássico Like a Rolling Stone, que Dylan compôs em 1965”, escrevia então a agência Lusa.

Para recordar a primeira ocasião em que os portugueses puderam escutar ao vivo a voz roufenha que - entre outras - cunhou o espírito dos anos 60 do século XX, teremos de revisitar o verão de 1993. Dylan atuou no Coliseu do Porto e no Pavilhão de Cascais, onde as primeiras partes foram entregues a Sérgio Godinho e à compatriota Laurie Anderson.

Regressaria em abril de 1999 para tocar por duas vezes no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, e para um concerto no Coliseu do Porto. Em julho de 2004 esteve em Vilar de Mouros.

Teresa Nicolau, Pedro Pessoa - RTP (novembro de 2017)

As atuações mais recentes de Dylan aconteceram no final do ano passado.

É expectável que repita agora, na capital portuguesa, o essencial dos últimos alinhamentos, que incluíram temas como “Highway 61 revisited” e “Ballad of a thin man”, de meados da década de 60, “Tangled up in blues”, de 1975, ou “Summer days”, editado em 2001. Deverá ainda haver lugar a algumas versões de faixas de outros compositores.

Foi também em 2017 que Bob Dylan deu à luz o triplo álbum “Triplicate” – formato inédito no percurso do músico -, com 30 leituras pessoais de temas clássicos norte-americanos.

c/ Lusa
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