Comissão de Trabalhadores da TSF perplexa com "expediente" da administração do Global Media

por Lusa

A Comissão de Trabalhadores (CT) da TSF manifestou hoje em comunicado a sua perplexidade com os "expedientes" usados pela administração da Global Media para "beneficiar administradores".

No seu comunicado interno, a que a agência Lusa teve acesso, a CT da TSF, que cita a notícia divulgada pelo portal Página Um "Em tempos de crise, Global Media paga luxos e usa `expedientes` para beneficiar administradores", considera que "a ser verdade o que ali vem publicado, os trabalhadores da TSF não podem deixar de repudiar o que consideram ser uma imoralidade em tempos de grave crise na empresa".

"Recordamos que, ao dia 18 de abril de 2024, o Global Media Group (GMG) ainda não regularizou todos os pagamentos que tem em atraso para com os trabalhadores, como é o caso do subsídio de natal", destaca a CT.

Para ter mais informações sobre a situação denunciada pelo Página Um, a CT afirma ter questionado a Comissão Executiva do Global Media Group e pediu uma reunião "com caráter de urgência".

"Aguardamos esclarecimentos", conclui o comunicado.

A Assembleia da República vota sexta-feira, em plenário, a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a Global Media Group, proposta pelo PAN e Bloco de Esquerda (BE).

O BE defende a criação de uma Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar à atuação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) no âmbito da reestruturação acionista do grupo.

Para o BE, o tempo entre as primeiras notícias do negócio e a ação da ERC "deixou claro que o processo em curso consistia, sob as mais variadas formas, num risco real não apenas para o dever de transparência, mas também de liberdade e pluralismo de expressão", bem como para a salvaguarda da independência editorial face aos poderes económico e político.

Por seu lado, o PAN quer a constituição de uma comissão de inquérito parlamentar ao processo de alteração da propriedade do grupo envolvendo o World Opportunity Fund.

Na iniciativa, a deputada única do PAN, Inês Sousa Real, referiu que esta comissão deverá funcionar pelo máximo de 120 dias, com o objetivo de avaliar os atos de gestão do grupo, o processo de alteração da propriedade, apurar os proprietários do World Opportunity Fund, avaliar a atuação da ERC e o negócio, que não foi concluído, de venda ao Estado das participações da Global Media e da Páginas Civilizadas na agência Lusa.

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