Eduardo Lourenço. SPA lembra pensador que "deixou marca profunda e única"

por Lusa

A Sociedade Portuguesa de Autores manifestou hoje "profundo pesar" pela morte de Eduardo Lourenço, que "deixou uma marca profunda e única na história contemporânea da cultura portuguesa" destacando o trabalho do ensaísta e filósofo, em comunicado de imprensa.

"Deixou leitores e fiéis admiradores em várias gerações que hoje elogiam a sua inteligência, amizade e paixão pela cultura e por Portugal. Portugal, o da cultura, da história e da vida, fica mais pobre sem a sua presença sempre generosa e solidária", pode ler-se na nota de imprensa.

Nesta mensagem, intitulada "A sabedoria de um intelectual de exceção", a SPA refere ainda que o pensador português "acompanhou sempre de forma atenta e solidária a vida da cooperativa dos autores portugueses, tendo aceitado escrever o prefácio para o álbum comemorativo dos 90 anos" da Sociedade Portuguesa de Autores, que le atribuiu, em 2011, o Prémio Vida e Obra.

"Era um ser humano e um intelectual de exceção que todos recordam com muita saudade e admiração", finaliza o comunicado.

Conselheiro de Estado, professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa.

Eduardo Lourenço Faria nasceu em 23 de maio de 1923, em S. Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, distrito da Guarda, e morreu hoje, em Lisboa, aos 97 anos.

Prémio Camões e Prémio Pessoa, recebeu também o Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon, o Prémio da Academia Francesa, e foi agraciado com as Grã-Cruz da Ordem de Sant`Iago da Espada da Ordem do Infante D. Henrique e da Ordem da Liberdade.

Foi ainda nomeado Oficial da Legião de Honra da França e consagrado doutor `Honoris Causa` pelas universidades do Rio de Janeiro, de Coimbra, Nova de Lisboa e de Bolonha.

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