Salvador Sobral recusa o estatuto de herói e diz que quer apenas continuar a "fazer a minha música e ser feliz a tocar".
O vencedor do Festival da Eurovisão acrescentou que espera que a vitória ajude a cultura portuguesa, já que o turismo vai de certeza ajudar - e pedindo desculpa à RTP pelo que vai ter de gastar para organizar o próximo Festival em 2018.
"Não nos compromete de maneira nenhuma e é muito importante" para a cultura, sublinhou Salvador Sobral.
"Esta vitória vai ser muito importante para a cultura portuguesa", referiu "sem querer ser prepotente, mas sendo-o".
Já a sua irmã, Luísa, compositora da canção vencedora, afirmou que sempre fez sentido cantar em português, já que, "o que é importante nisto tudo é sentir o que se está a dizer". Salvador recordou que alguns intérpretes de outros países cantavam em inglês sem sequer saber o idioma.
O prémio grande vai para "casa dos nossos pais" e o "pequenino para a RTP", revelaram os dois irmãos, agradecendo todo o apoio recebido pela televisão pública.
"Foi uma família" e "ninguém nos tentou moldar em nada", afirmaram, sublinhando a aposta ganhadora da RTP na diferença.
Além da vitória no Festival, "Amar pelos dois" valeu a Luísa Sobral o prémio de composição e a Salvador o de intérprete, atribuídos pelos comentadores e pelos compositores das outras delegações.
Portugal venceu igualmente a votação dos júris dos vários países e os televotos dos espectadores, obtendo a pontuação final recorde de 758 pontos.
Salvador recebeu parabéns do Presidente da República e do primeiro-ministro António Costa.
Ao deixar o aeroporto, Salvador foi completamente apanhado de surpresa pela recepção de duas a três mil pessoas que o esperavam e aplaudiram em delírio, gritando "Portugal!".