Fogo de artifício de Katy Perry no adeus à "cidade do rock"

por Lusa

Lisboa, 01 jul (Lusa) -- O fogo de artifício, literal e em modo canção, da norte-americana Katy Perry, que concluiu em Lisboa a digressão "Witness", marcou hoje o final da 8.ª edição do Rock in Rio Lisboa, no Parque da Bela Vista.

Foi com "Fireworks" [fogo de artifício, em português], que Katy Perry terminou, já bem perto da 01:00, um espetáculo com uma forte componente visual, onde não faltaram flamingos gigantes, chuvas de papelinhos, pirotecnia, várias mudanças de roupa e até um tubarão dançarino.

Num espetáculo dividido em partes, marcadas pelas saídas da cantora para mudar de figurino, foram os maiores sucessos que provocaram mais reações nos milhares que se juntaram em frente ao Palco Mundo.

Do alinhamento fizeram parte, entre outras, "Teenage Dream", "Hot and Cold", "I kissed a girl", "Last Friday Night (T.G.I.F.)", "California Girls" e "Roar".

Durante o concerto, Katy Perry aproveitou para "manifestar respeito" por Janet Jackson, juntando o tema "What have you done for me lately" da irmã de Michael Jackson ao final de "Deja Vu".

A cantora aproveitou ainda pedaços dos temas de "What the fuck", de Fatboy Slim, e "Hard Knock Life", de Jay-Z, que colou ao início de "Swish Swish" e de "Roar", respetivamente.

A dado momento fez questão de lembrar que é bisneta de um português, dos Açores. "Sinto que sou igual a vocês, tenho o sangue igual ao vosso", afirmou.

Confessando não falar português, "embora seja um pouco portuguesa", pediu ajuda ao público para traduzir as palavras "hot" [quente] e "cold" [frio], repetindo-as várias vezes em português.

Numa referência à derrota da seleção portuguesa no Mundial de futebol, Katy Perry disse aos músicos e bailarinos que a acompanhavam que o público estava "um pouco deprimido".

"Mas somos todos vencedores, estamos todos juntos num sábado à noite a celebrar a música no Rock in Rio", disse, incentivando a multidão.

O concerto ficou também marcado por algumas falhas técnicas ao nível de som, a mais notória em "Chained to the Rythm", quando o microfone da cantora deixou de emitir som durante metade do tema.

Notório foi também por vezes o cansaço de Katy Perry, explicado talvez por este ter sido o último concerto de uma digressão com mais de 90 datas.

Antes do fogo de artifício de Katy Perry, o Palco Mundo assistiu a um concerto cheio de amor da britânica Jessie J.

Depois da eliminação da seleção portuguesa do campeonato do mundo de futebol, a cantora entrou em palco com a bandeira de Portugal, ostentando-a e envolvendo-se nela, um gesto que repetiria no final do espetáculo.

Com um coração no centro do palco, Jessie J distribuiu amor e lições de autoestima, num espetáculo em que falou quase tanto como cantou.

Muitas vezes visivelmente emocionada, a cantora sublinhou por diversas vezes a importância do amor próprio.

"O mais importante é amarmo-nos, antes de podermos amar o outro. Mantenham-se fiéis a quem são", disse.

Depois de proferir estas palavras, Jessie J percorreu o corredor que liga o Palco Mundo à zona técnica, distribuindo sorrisos e chegando mesmo a abraçar um fã que lhe disse que a amava.

"Tenham calma. Eu sou como vocês, só que eu canto", afirmou, perante um público rendido às mensagens calorosas e de `empoderamento`.

A dada altura saiu de palco, dando espaço a Luke James, a quem chamou "melhor amigo", para cantar "These Arms".

Nesse momento aproveitou também para mudar de roupa, de modelo preto a lembrar os fatos de patinagem artística, para um outro dourado e cheio de brilhantes.

Para o final do concerto deixou os seus maiores sucessos: "Bang Bang", tema que gravou com Ariana Grande e Nicki Minaj, e "Price Tag".

Despediu-se e prometeu reaparecer momentos mais tarde, já na plateia, para "ver Katy Perry".

À hora que Jessie J subiu ao Palco Mundo, pelas 21:15, na outra ponta do recinto, no Music Valley, entrava em cena Blaya.

A cantora e bailarina lembrou os tempos dos Buraka Som Sistema e apostou forte em "Faz Gostoso", uma das músicas que mais se ouviu nesta edição do Rock in Rio, tendo-a interpretado duas vezes.

Até às 01:20 de hoje a organização não tinha indicado quantas pessoas entraram no recinto no sábado. Na sexta-feira, de acordo com a organização. estiveram na `cidade do rock` cerca de 55 mil pessoas.

Nos primeiros dois dias de festival, nos dias 23 e 24 de junho, estiveram na Bela Vista cerca de 156 mil pessoas.

O Rock in Rio Lisboa regressa em 2020 ao Parque da Bela Vista para a 9.ª edição.

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