O prémio Pessoa foi este ano atribuído à historiadora Irene Flunser Pimentel que, recentemente, publicou "A História da PIDE", um estudo sobre a polícia política portuguesa do antigo regime português.
Nas primeiras declarações à RTP, após ter conhecimento da atribuição do prémio, Irene Pimentel não escondeu a surpresa.
"Estou surpreendida, muito contente, muito honrada e muito emocionada", declarou a historiadora que entende ainda que o júri premiou acima de tudo "a história contemporânea portuguesa, os investigadores portugueses em geral e a dificuldade com que eles se confrontam todos os dias".
É a terceira vez que o Prémio Pessoa é atribuído a um especialista em História tendo José Mattoso, em 1987, e Cláudio Torres, em 1991, recebido este mesmo galardão.
Irene Pimentel é autora de vários trabalhos sobre o Estado Novo, o último dos quais "Mocidade Portuguesa Feminina" que foi lançado esta semana.
Irene Flunser Pimentel licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, em 1984, concluiu o Mestrado em História Contemporânea e este ano acabou o seu Doutoramento sobre a PIDE/DGS, Polícia Política do Estado Novo (1945-1974).
O Prémio Pessoa é um prémio concedido anualmente à pessoa de nacionalidade portuguesa que durante esse período - e na sequência de uma actividade anterior - tiver sido protagonista de uma intervenção particularmente relevante e inovadora na vida artística, literária ou científica do país.