Movimento Vamos Ao Cinema incentiva regresso dos portugueses às salas

por Mário Aleixo - RTP
Uma campanha para voltar a levar os espetadores às salas de cinema | Dinuka Liyanawatte - Reuters

O movimento Vamos Ao Cinema surge em forma de campanha, a decorrer em vários canais de comunicação, desenvolvida por associações do setor e que pretende estimular o regresso dos portugueses às salas de cinema.

"É um convite que pretende envolver todos os portugueses no regresso às salas de cinema. Todos os cinemas que já se encontram abertos cumprem com as regras de higiene e segurança impostas pela (Direção-Geral da Saúde), estando por isso aptos e à espera de poder receber todos os apaixonados pela experiência de ver um filme no grande ecrã", explica o diretor-geral da Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP), Paulo Santos, uma das entidades que compõem o movimento #Vamosaocinema, em comunicado divulgado.

Além da FEVIP, o movimento inclui o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), a Associação para a Gestão Coletiva de Direitos de Autor e de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais (GEDIPE), a Academia Portuguesa de Cinema e a Associação Portuguesa de Exibidores de Cinema (APEC).

O mote do movimento é "um convite a todos os portugueses a fim de poderem satisfazer alguns dos seus desejos e pô-los em prática: indo ao cinema!".

"Queremos que as pessoas regressem às salas e experienciem algo único que só o cinema consegue oferecer: risos, lágrimas, emoção, adrenalina... e às vezes tudo isto num só filme. E além de satisfazerem um forte desejo, estão também a contribuir para que este setor da cultura consiga recuperar a robustez de outrora. No fundo, este projeto tem objetivos muito concretos: contribuir para a estabilidade social e económica do país, e principalmente para a manutenção de uma oferta cultural democrática e diversificada", referiu ainda Paulo Santos.

Quebra brutal

A campanha arranca esta quinta-feira em vários canais de comunicação, da televisão ao digital, passando pela rádio.

Segundo dados do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), cerca de 78 mil espectadores foram ao cinema em julho, uma quebra de 95,6% face ao período homólogo de 2019, e 12.400 em junho, o mês em que as salas puderam reabrir em tempo de pandemia, o que representou uma quebra de 99% da assistência registada em junho de 2019.

A covid-19 teve um impacto enorme na indústria cinematográfica, paralisando produções de cinema, levando ao encerramento de salas, ao adiamento de festivais de cinema e à reflexão sobre estratégias de exibição cinematográfica envolvendo, sobretudo, as plataformas de "streaming".
pub