Pintor João Ribeiro propõe viagem ao "Paraíso Provável" em Lisboa

por Agência LUSA

Os símbolos da alquimia, como deuses, balões e retortas, são o tema da exposição "Paraíso Provável", do pintor João Ribeiro, que será inaugurada quinta-feira na Galeria Cubic - Arte Contemporânea, em Telheiras.

A exposição, patente até 30 de Abril, abrange cerca de 14 trabalhos - óleos sobre tela e sobre madeira - representando deuses e caldeirões, os instrumentos da alquimia (antepassada da química), transformados pelo artista.

"As suas pinturas inscrevem-se num horizonte explosivo em que todos os elementos, recolhidos num universo muito próprio, ficam sujeitos a uma metamorfose; símbolos que assumem uma outra dimensão, um outro sentido, uma outra significação", sustenta o crítico de arte Nuno Crespo, a propósito do trabalho de João Ribeiro, no catálogo sobre a exposição.

Segundo o artista, nas abordagens que faz aos temas, neste caso, a alquimia, manipula as imagens, retirando-as dos seus contextos iniciais para "o domínio de quem olha depois".

"Foi o que tentei com os símbolos da alquimia. Não pretendi ilustrar, apenas tratar as imagens", revela.

José Manuel Anes, perito em simbologia, defende, também no catálogo, que "João Ribeiro atinge, através desta série de trabalhos artísticos, uma dimensão sagrada evidente e impressionante".

João Ribeiro nasceu em Lisboa em 1955, sendo licenciado em pintura pela Escola Superior de Belas-Artes da capital.

A sua obra valeu-lhe o prémio de pintura "Espírito Santo Esteves", na II Bienal de Chaves, e está representada em colecções como a da Caixa Geral de Depósitos, CTT, Museu de Arte e Pintura Diogo Gonçalves, em Portimão, Ministério da Justiça e em diversas colecções portuguesas e estrangeiras.

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