Reforço do apoio às artes não demove protestos

por Antena 1
Tânia Guerreiro, André Albuquerque e Pedro Penilo em conferência de imprensa, na terça-feira, após a reunião entre o CENA-STE, a Rede - Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea, a Plateia - Profissionais Artes Cénicas e o Manifesto em Defesa da Cultura Manuel Almeida - Lusa

Os artistas saúdam o reforço do financiamento para as artes anunciado esta quinta-feira pelo primeiro-ministro, sem deixar cair reivindicações. André Albuquerque, do Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, Audiovisual e dos Músicos, considera a medida positiva, mas alerta que não resolve todos os problemas.

Para André Albuquerque, a onda de solidariedade em torno do sector está a servir para colocar a cultura num espaço central.

A vaga de protestos suscitada pelos resultados provisórios dos concursos do Programa de Apoio Sustentado às Artes, que deixaram sem financiamento vários projetos e companhias de teatro, levou o Governo a anunciar um reforço de 2,2 milhões de euros.

Em carta aberta publicada esta manhã no portal do Governo, o primeiro-ministro adianta que este dinheiro pode servir para viabilizar candidaturas de entidades que antes recebiam apoios e que foram agora excluídas, como por exemplo o Teatro Experimental de Cascais.

Carlos Avilez, diretor da companhia, diz que o primeiro-ministro não podia continuar indiferente.

Já Carlos Costa, da Associação de Artes Cénicas, reconhece o esforço, mas avisa que não chega para desconvocar as manifestações de protesto marcadas para sexta-feira.

Também para Júlio Cardoso, encenador da Seiva Trupe, uma das companhias que ficou fora da lista dos apoios para este ano, o reforço financeiro é uma boa notícia, mas não resolve o problema de fundo. O responsável refere que é preciso repensar o sistema de financiamento, de forma a que seja mais transparente.

Para sexta-feira, às 18h00, estão marcadas manifestações em Lisboa, Porto, Coimbra, Beja e Funchal.
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