Os artistas saúdam o reforço do financiamento para as artes anunciado esta quinta-feira pelo primeiro-ministro, sem deixar cair reivindicações. André Albuquerque, do Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, Audiovisual e dos Músicos, considera a medida positiva, mas alerta que não resolve todos os problemas.
A vaga de protestos suscitada pelos resultados provisórios dos concursos do Programa de Apoio Sustentado às Artes, que deixaram sem financiamento vários projetos e companhias de teatro, levou o Governo a anunciar um reforço de 2,2 milhões de euros.
Em carta aberta publicada esta manhã no portal do Governo, o primeiro-ministro adianta que este dinheiro pode servir para viabilizar candidaturas de entidades que antes recebiam apoios e que foram agora excluídas, como por exemplo o Teatro Experimental de Cascais.
Carlos Avilez, diretor da companhia, diz que o primeiro-ministro não podia continuar indiferente.
Já Carlos Costa, da Associação de Artes Cénicas, reconhece o esforço, mas avisa que não chega para desconvocar as manifestações de protesto marcadas para sexta-feira.
Também para Júlio Cardoso, encenador da Seiva Trupe, uma das companhias que ficou fora da lista dos apoios para este ano, o reforço financeiro é uma boa notícia, mas não resolve o problema de fundo. O responsável refere que é preciso repensar o sistema de financiamento, de forma a que seja mais transparente.
Para sexta-feira, às 18h00, estão marcadas manifestações em Lisboa, Porto, Coimbra, Beja e Funchal.
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