O diretor artístico de Serralves demitiu-se do cargo por alegada censura por parte da administração de Serralves em relação as obras do polémico fotógrafo Robert Mapplethorpe.
O que aconteceu afinal em Serralves? As explicações são poucas ou pouco esclarecedoras, até ao momento, pelo menos.
Em causa, as obras de teor sexualmente explícito de Robert Mapplethorpe.
Fala-se da retirada de vinte imagens inicialmente previstas na exposição e a reserva de entrada em duas salas a menores de 18 anos.
Tudo isto terá motivado a saída do diretor artistico e curador João Ribas, que se demitiu do cargo na passada sexta feira.
O Ministro da Cultura diz não intervir, porque não é do foro do Ministério nem tão pouco comenta se a legislação dá ou não autonomia aos museus para aplicarem limitações.
Num comunicado, enviado este sábado, a Administração de Serralves garantia que ao público visitante era dado o alerta sobre a susceptibilidade das obras de acordo com a legislação em vigor.
Da Inspecção Geral de Actividades Culturais, a resposta à RTP foi "que as exposições de arte não carecem de classificação etária, a qual está direcionada para espetáculos de natureza artística na aceção dada pelo Decreto-lei n.º 23/2014, de 14 de fevereiro, e neste sentido a IGAC não tem, em circunstâncias desta natureza, intervenção para efeitos de classificação etária"
Houve protestos este domingo à porta do museu, mas também muita gente a visitar a exposição.
O diretor demissionário não disse nem esclareceu mais nada até ao momento. A administração de Serralves marcou um encontro com a comunicação social para 4ª feira.