Timor-Leste vai ver um eclipse solar híbrido em abril

por Lusa
O eclipse solar híbrido é um fenómeno muito raro D.R.

Timor-Leste está a preparar-se para acolher cientistas e visitantes de vários países em abril para testemunharem um eclipse solar híbrido, o fenómeno mais raro do tipo, e que será visível na zona leste do país.

Equipas da presidência da República e do governo, voluntários em Timor-Leste e noutros países estão envolvidos nas preparações de várias atividades previstas para acompanhar o fenómeno, que ocorre a 20 de abril.

Elementos envolvidos nos preparativos referiram à Lusa ter havido interesse de investigadores de vários países, antecipando-se igualmente a visita de turistas da região e até da Europa.

O objetivo, segundo uma primeira nota informativa, é envolver universidades e escolas para "aproveitar o fenómeno para fomentar o conhecimento sobre astronomia e o sistema solar" e até para "aprender a construir pequenos telescópios e óculos de observação".

As equipas envolvidas querem aproveitar o fenómeno para trazer a Timor-Leste investigadores, mas também turistas, incluindo com navios cruzeiros e outros visitantes.

Nesse sentido foram já criadas uma página na internet para dar a conhecer o evento (www.eclipsetimor.com) e páginas nas redes sociais.

O objetivo, segundo os organizadores, é conseguir a visita de até 5.000 pessoas, com pacotes especiais a serem desenhados, com o apoio de operadores turísticos, para aproveitar e dar a conhecer o país, especialmente no que toca a turismo marítimo e mergulho.

O eclipse solar híbrido, que vai deixar grande parte de Timor-Leste na escuridão, é considerada a forma mais rara deste fenómeno, combinando um eclipse anular visto de alguns pontos da terra e um eclipse total a partir de outros.

Começando como um eclipse anular e terminando como total, o híbrido ocorre porque a sombra da lua não toca a superfície curva da Terra nos extremos, ou seja, nascer e pôr do sol.

O que o torna particularmente raro é o alcance, extremamente estreito, da sombra da lua para atingir a Terra, que fica milimetricamente posicionada para que ambos os eclipses ocorram durante o mesmo evento.

Timor-Leste torna-se um palco preferencial para acompanhar este fenómeno já que, segundo cientistas será na zona leste da ilha que se verá, durante mais tempo, a totalidade do eclipse.

Os dados referem que, além de locais remotos no mar, o fenómeno será visível durante um minuto e 14 segundos em Timor-Leste.

O momento de totalidade permitirá, igualmente, ver as chamadas "contas de Baily", ou o efeito de anel de diamante, assim conhecidas por terem sido registadas pela primeira vez pelo astrónomo inglês Francis Baily.

Trata-se dos efeitos dos últimos raios de luz solar que podem ser vistos a fluir através dos vales da lua pouco antes da totalidade e no final do processo.

 

 

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