"Toda a gente pode ser tudo" é disco autobiográfico de NBC

por João Fernando Ramos, Rui Sá

O terceiro álbum de originais de NBC é uma espécie de trabalho autobiográfico.
"gosto de discutir os meuis problemas na música. Desta forma, ao ouvir-me, fico a saber onde estou", confessa o músico no Jornal 2.
Timóteo Santos trabalhou dois anos no novo disco. Há uma sonoridade Soul que se soma ao hip-hop que dominou toda a sua carreira.
O novo trabalho editado após "Afro-Disíaco" e "Maturidade" chega depois de quatro singles de avanço que foram lançados desde 2015.

Nascido em Sa%u0303o Tome%u0301 e Pri%u0301ncipe, Timo%u0301teo Santos veio com a fami%u0301lia para Portugal aos cinco anos. Era a u%u0301nica crianc%u0327a de rac%u0327a negra em Torres Vedras um facto que acabaria por marcar de forma indelével a sua forma de estar e encarar o mundo.

O nome arti%u0301stico, NBC, ale%u0301m de estar ligado a%u0300s suas rai%u0301zes, surge no seguimento da sua educac%u0327a%u0303o crista%u0303 e de um rei de Israel, "de que gostava particularmente", chamado Nabucodonosor.

Apesar de ser um admirador confesso de Soul, Jazz e Blues, foi o movimento hip-hop que despertou a sua atenc%u0327a%u0303o na adolesce%u0302ncia, no princi%u0301pio dos anos 90.

"A voz de NBC tem ligação directa ao coração. A rappar ou cantar, ouvimos-lhe a pulsação. Dêem-lhe beats modernos como os de Slow J, boom bap classicista ou o doce piano de Gui Salgueiro. São apenas camas para a palavra se deitar e o sangue ferver" afirma Davide Pinheiro.

O critico musical não tem dúvidas. "Com "Toda a gente pode ser tudo" NBC está mais perto de ser o grande soul man que este país ainda não teve. Um álbum de transição da escola do rap para as raízes da Motown".
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