Vaso criado para imperador chinês vendido por 16,2 milhões de euros

por RTP
Sotheby's

Um vaso chinês do século XVIII alcançou, nesta terça-feira, um novo recorde de venda num leilão, na Sotheby's, em Paris. A peça, criada para o imperador Quianlong, atingiu o valor final de 16,2 milhões de euros, segundo a leiloeira. Durante várias décadas o vaso de porcelana chinesa esteve esquecido no sótão de uma casa de campo.

O valor de venda inicial da peça encontrava-se entre os 500 e os 700 mil euros. Segundo a Sotheby's Paris, a transação detém dois recordes. O recorde absoluto de venda na Sotheby's Paris - desde que o mercado abriu a casas de leilão estrangeiras - e o recorde de venda para porcelana chinesa, em França.

"Este é o único vaso conhecido com estes pormenores. É uma grande obra de arte", apontou o especialista de arte asiática Oliver Valmier, na apresentação da obra. "É como se tivesse descoberto um Caravaggio", adicionou, referindo-se aos quadros do pintor italiano.

A peça encontrava-se em perfeito estado de conservação e tem decorações policromadas com tons rosa, que representam uma paisagem com veados e pinheiros, numa montanha coberta de bruma. De acordo com a página da leiloeira, apenas um outro vaso similar é conhecido em França e pertence à coleção do Museu Guimet.

"A arte chinesa tem sido admirada e colecionada em toda a Europa há séculos. No entanto, a importância de certas peças é ocasionalmente perdida com o tempo", afirmou Henry Howard-Sneyd, especialista em arte asiática da Sotheby's.

A peça artística, vendida esta segunda-feira, foi levada até à Sotheby's dentro de uma caixa de sapatos. Embora a origem seja desconhecida, o vaso terá sido adquirido em França, na Exposição Universal de Paris de 1867. 

Segundo a leiloeira, manteve-se sempre na mesma família. A Sotheby’s acredita que a família parisiense adquiriu o vaso no final do século XIX, quando as artes chinesas e japonesas se tornaram moda na cidade.

O leilão durou cerca de 20 minutos e vários licitantes lutaram pelo vaso. A Sotheby's não revelou o nome ou a nacionalidade do comprador asiático. 
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