VII Festival de Música de Setúbal arranca a 25 de maio

por João Fernando Ramos, Rui Sá

Entre 25 e 28 de maio Setúbal é palco de mais um Festival de Música. Um fenómeno cultural pioneiro que junta convidados de vários cantos do mundo, com a população local. A sétima edição celebra a diversidade e a abrangência da guitarra, que tem existido sob as mais diferentes formas e em todas as culturas.
No Jornal 2 António Laertes, da organização fala de um festival que não se limita à cidade que o acolhe mas chega já a Azeitão ou a diversas zonas da serra da Arrábida na busca do cenário ideal para cada momento musical.

A edição deste ano tem como tema a migração, focando-se na inter-relação das culturas da Península Ibérica. Cerca de mil e quinhentos jovens estão envolvidos na festa, enquanto compositores e intérpretes.

A escolha da guitarra como instrumento em destaque neste festival prende-se com o facto de talvez mais nenhum tipo de instrumento tenha sido tão característico dos músicos viajantes por todo o mundo, nem da própria tradição musical da Península Ibérica.

Dejan Ivanovich, oriundo de Tuzla (Bósnia e Herzegovina) e agora considerado um dos mais conceituados guitarristas clássicos de Portugal, irá estrear-se no Festival enquanto artista convidado em três concertos contrastantes.

O Festival deste ano volta a contar no programa com alguns dos melhores Coros e Orquestras da atualidade - a Grand Union Orchestra (Londres), a Sinfonietta de Lisboa e o Coro da Gulbenkian - os quais contribuíram com excelentes participações em edições anteriores.

Vários jovens músicos conceituados apresentam-se no Festival pela primeira vez, incluindo Lia Yeranosyan, violinista vencedora do Prémio Jovens Músicos 2016, competição portuguesa de destaque, e Teresinha Landeiro, estrela do fado em ascensão, nascida em Azeitão.

Concertos, performances, exposições e debates a decorrer em vários edifícios históricos de Setúbal e um pouco por todos os principais espaços públicos da cidade.

Pilar del Rio, viúva do escritor Prémio Nobel José Saramago, é uma das convidadas para discutir a obra A Jangada de Pedra, que reflete de forma perfeita, os temas vitais da migração e a Península Ibérica a que o festival dá este ano destaque.
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