Ajudantes de lar nas Residências Montepio do Porto e Gaia em greve na 5.ª feira

por Lusa

Porto, 21 mar (Lusa) -- Os cerca de 130 ajudantes de lar das Residências Montepio do Porto e de Vila Nova de Gaia estão em greve na quinta-feira reclamando aumentos salariais, pagamento dos feriados, regulamentação dos horários e fim da precariedade, disse hoje fonte sindical.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente do Sindicato da Hotelaria do Norte Francisco Figueiredo disse estar ainda em causa o "direito à contratação coletiva" e "condições mínimas de segurança e saúde no trabalho" para as ajudantes de lar daquelas residências para idosos, assim como o fim dos "ritmos de trabalho intensos" e do "clima de pressão e assédio no trabalho".

"O sindicato tentou realizar reuniões diretas com a Residências Montepio, S. A. para analisar vários problemas dos trabalhadores, mas a empresa recusou o diálogo e a negociação", afirmou.

Posteriormente, disse, o sindicato solicitou uma reunião de conciliação no Ministério do Trabalho, mas "a empresa manteve a recusa em resolver os problemas".

A agência Lusa contactou as Residências Montepio para obter um comentário às reivindicações dos trabalhadores, mas aguarda ainda uma resposta da empresa.

Segundo Francisco Figueiredo, os trabalhadores - que ganham o salário mínimo - reclamam um aumento salarial de 4%, num mínimo de quarenta euros, assim como a substituição dos "horários desregulamentados e de 11 horas diárias por horários confortáveis e folgas mensais ao sábado e domingo".

O sindicato denuncia ainda que "cerca de 30%" dos trabalhadores das Residências Montepio possuem vínculos laborais precários, "apesar de desempenharem funções de caráter permanente".

No total, trabalham nas residências do Porto e Vila Nova de Gaia cerca de 130 ajudantes de lar (70 na Residência Montepio Breiner, no Porto, e 60 na Residência Montepio Quinta de Cravel, em Gaia), mas o sindicato prevê "maior adesão" na do Porto, frente à qual está marcada uma concentração dos grevistas pelas 08:00 de quinta-feira.

"Vamos garantir serviços mínimos aos idosos que não têm autonomia e estão acamados, mas fora dos serviços mínimos estamos à espera de uma grande adesão", disse à Lusa Francisco Figueiredo.

A greve decorre entre as 08:00 de quinta-feira e as 08:00 de sexta-feira.

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