António Costa promete solução para a greve dos estivadores

por RTP

FOTOGRAFIA: Lusa

No final do Conselho de Ministros Extraordinário, o primeiro-ministro prometeu uma solução do Governo para um sector tão importante como o da actividade portuária.

Sem deixar de lembrar que a questão dos estivadores é um problema que se arrasta há quatro anos, o primeiro-ministro afirmou que sexta-feira haverá "um grande esforço negocial" para tentar resolver a greve dos estivadores, mas avisou que há "limites para tudo" e que será encontrada uma solução, mesmo que não seja negociada.
Os operadores do Porto de Lisboa anunciaram na segunda-feira a intenção de avançar com um despedimento coletivo por redução da atividade, depois de ter sido recusada uma proposta de acordo de paz social.

"Amanhã nós teremos um grande esforço negocial ao longo de todo o dia, mas há limites para tudo e se a solução não for uma solução negociada, terá que ser encontrada outra solução, como a que já tivemos que recorrer para permitir a retirada do porto dos contentores que lá estavam retidos", respondeu António Costa aos jornalistas quando questionado sobre a greve dos estivadores do Porto de Lisboa.

O primeiro-ministro assegurou que "perante cada dificuldade" o Governo tem "tido capacidade de a resolver".

"E é assim que também faremos relativamente à situação da greve dos estivadores, que se arrasta há quatro anos. O funcionamento do Porto de Lisboa é capital para o conjunto da economia do país", disse António Costa, que falava na conferência de imprensa no Palácio da Ajuda, em Lisboa, após o Conselho de Ministros extraordinário para assinalar os seis meses do Governo.
"Oposição depende do fracasso alheio"
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou que "uma oposição cujo sucesso depende do fracasso alheio" não merece "grande apreço", manifestando-se "bastante confortável" com a ação governativa e satisfeito por todas as previsões de catástrofe anunciadas terem fracassado.

Questionado sobre as críticas de PSD e CDS ao primeiro meio ano deste executivo, começou por afirmar que "mesmo um otimista não espera elogios da parte da oposição".

"E sobretudo uma grande satisfação por verificar que todas as previsões de catástrofe que se anunciaram para a semana seguinte foram fracassando", acrescentou, considerando que "uma oposição cujo sucesso depende do fracasso alheio não é uma oposição que mereça grande apreço".

O primeiro-ministro não se mostra surpreendido com as críticas da oposição, mas sente-se "bastante confortável com aquilo que tem sido ação governativa ao longo destes seis meses" e aquilo que sente ser, "dia a dia, a confiança que os portugueses, os agentes económicos sentem relativamente a esta solução governativa".

"Aquilo que os portugueses esperam do Governo não é que o Governo seja oposição à oposição, é que o Governo se concentre naquilo que se deve concentrar: resolver os problemas do país, resolver as heranças, mas sobretudo construir um futuro de esperança e de confiança", disse.


c/ Lusa
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