Autarca de Valongo quer Norte a investir no Vale do Sousa e Baixo Tâmega

por Lusa

O presidente da Câmara de Valongo pediu hoje um plano de desenvolvimento integrado para as regiões do Vale do Sousa e do Baixo Tâmega promovido pela futura direção da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte.

Em declarações à Lusa após a aprovação do decreto-lei que altera a orgânica das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, José Manuel Ribeiro, também candidato à presidência da Distrital do PS/Porto, quer mais dinamismo para a região.

Sublinhando que na Região Norte "convivem dos setores mais avançados do país com polos com problemas sociais", citou como exemplos "o que acontece na zona do Baixo Tâmega e no Vale do Sousa, que em muitos indicadores é das mais pobres de Portugal".

"Uma nova direção da CCDR-N tem de equacionar rapidamente um plano de desenvolvimento integrado para essas regiões. Não é possível esta convivência. É chocante", afirmou o autarca, que apresentou outros horizontes para quem for eleito em setembro de 2020.

Defensor também do "dinamizar demograficamente a zona mais interior da região", José Manuel Ribeiro exigiu que se olhe "para as desigualdades que existem dentro da Área Metropolitana do Porto (AMP), onde há diferença no investimento público".

"Tem de haver coragem para, por exemplo, [a futura direção da CCDR-N] dizer não aos autarcas e ao governo central", para que dessa forma as "assimetrias possam ser reduzidas também dentro da AMP", vincou.

O autarca socialista disse querer um líder com "um perfil forte, que seja reconhecido, respeitado e com grande capacidade de liderança, que goste de gerar consensos e que tenha uma boa capacidade de diálogo com a Galiza e Leão [províncias espanholas] que fazem fronteira a Norte".

"A próxima liderança da CCDR-N tem de promover um exercício coletivo que responda à pergunta o que queremos sair daqui por 20/30 anos", frisou José Manuel Ribeiro para quem essa direção "tem de abrir e forçar esse debate e rapidamente saber o que se quer".

O diploma aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros consagra a eleição indireta dos respetivos presidentes por um colégio eleitoral composto pelos presidentes e vereadores das câmaras municipais e pelos presidentes e membros das assembleias municipais (incluindo os presidentes de junta de freguesia) da respetiva área territorial, no sentido de garantir uma maior representatividade de todos os eleitos locais e uma melhor administração ao nível regional, reforçando a legitimidade democrática e a transparência ao nível da governação regional.

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