Banco de Portugal prevê aumento do PIB e descida da taxa de desemprego

por RTP
De acordo com o Banco de Portugal, o crescimento do PIB no ano passado foi de 2,7 por cento e este ano deverá baixar para 2,3 por cento Rafael Marchante - Reuters

O Banco de Portugal estima que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,3 por cento este ano e que abrande progressivamente até 2020. A instituição prevê ainda uma descida da taxa de desemprego no mesmo período. O Boletim Económico divulgado esta quinta-feira sugere que o país aproveite esta janela favorável para corrigir problemas estruturais.

A instituição considera que o "aumento das tensões geopolíticas e o crescimento da incerteza política a nível internacional reforçam a importância e a urgência” do progresso económico do país a vários níveis, nomeadamente na redução do endividamento, na melhoria das qualificações dos trabalhadores e na redução do desemprego de longa duração.

De acordo com o Banco de Portugal, o crescimento do PIB no ano passado foi de 2,7 por cento e este ano deverá baixar para 2,3 por cento. Segundo as previsões, em 2019 passará a 1,9 por cento e, no ano seguinte, para 1,7 por cento.

“Em 2018, o PIB deverá aumentar ligeiramente acima do estimado para o conjunto da área do euro, alcançando o nível observado antes da crise financeira internacional. Para os dois anos seguintes prevê-se um crescimento semelhante ao projetado para a área do euro", prevê o banco central.

A expansão económica que deverá observar-se entre 2018 e 2020 irá “assentar no dinamismo das exportações e do investimento e no crescimento moderado do consumo privado”.

No Boletim Económico, o Banco de Portugal explica que "o crescimento das exportações reflete a evolução da procura externa e ganhos de quota de mercado que se vão desvanecendo ao longo dos próximos anos".
Em 2020, o valor das exportações de bens e serviços deverá situar-se 67% acima do registado em 2008 e o investimento empresarial deve recuperar o nível pré-crise no final de 2019.


Apesar desta estimativa, o crescimento das importações e exportações deverá ser menor do que foi previsto em março pelo Banco de Portugal. Na altura esperava-se que as exportações avançassem 7,7 por cento e as importações 7,2 por cento. Agora prevê-se que aumentem 5,7 por cento e 5,5 por cento, respetivamente.

A justificação é o abrandamento do ritmo de crescimento europeu, que afetará a procura pelos produtos portugueses.

Já o consumo privado deverá crescer em linha com a evolução do PIB e o banco central justifica esta evolução com o aumento moderado dos salários e com a recuperação do mercado de trabalho. Prevê-se que a taxa de desemprego, que se situa em 7,2 por cento este ano, desça para 6,2 por cento em 2019 e para 5,6 por cento em 2020.

c/ Lusa
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