Bankia prevê completar integração do BMN no primeiro semestre de 2018

por Lusa

O administrador delegado do Bankia, José Sevilla, disse hoje que a instituição prevê completar no primeiro semestre de 2018 a integração do Banco Mare Nostrum (BMN), cuja fusão foi anunciada antes da abertura dos mercados.

A operação que avalia o BMN em 825 milhões de euros, permitirá aos acionistas deste banco receberem uma ação do Bankia por cada 7,82 ações da instituição que agora desaparece.

Segundo o acordo de fusão, o Bankia entregará aos acionistas do BMN 205,6 milhões de ações novas e estes passarão a deter, no final da operação, 6,67% do Bankia.

Com a fusão, o Fundo de Reestruturação Bancário (FROB), acionista maioritário de ambas as instituições, manterá uma participação de 66,6% na entidade conjunta.

A operação deverá melhorar o resultado líquido por ação do Bankia em 16% até 2020, o que permitirá à administração manter a distribuição de dividendos e até elevar o montante distribuído, gerando rentabilidades de 12% a partir do terceiro exercício, disse Sevilla aos analistas, citado pela agência EFE.

Ainda assim, o responsável insistiu que a integração do BMN "será rápida e demorará não mais do que dois trimestres", uma vez que o Bankia fez uma auditoria "exaustiva" à entidade.

José Sevilla disse ainda que a integração do BMN reforça a posição do Bankia como quarta entidade financeira do setor e completa a sua presença geográfica em Murcia, Granada e Baleares, onde até agora tinha pouco peso, o que permitirá aproveitar o dinamismo económico destas regiões.

Ambas as entidades convocarão as respetivas assembleias gerais para aprovar a operação hoje anunciada em inícios de setembro e a operação deverá receber as autorizações necessárias pelas diferentes entidades até ao final do verão, estimou.

Tópicos
pub