Câmara de Lisboa aprova abertura de concurso público para repavimentação da Segunda Circular

por Lusa

A abertura do concurso internacional para as obras de repavimentação da Segunda Circular, empreitada que terá um preço base de 5,3 milhões de euros e durará um ano, foi hoje aprovada pela Câmara de Lisboa.

Segundo fontes autárquicas, a proposta, subscrita pelo vice-presidente da autarquia e vereador responsável pelo pelouro das Finanças, João Paulo Saraiva (Cidadãos por Lisboa, eleito nas listas do PS), teve apenas a abstenção da vereadora Teresa Leal Coelho (eleita pelo PSD).

A proposta prevê uma "intervenção provisória", que consiste na "renovação da camada betuminosa superficial do pavimento existente, evitando-se operações mais intrusivas e onerosas, que os projetos futuros para a Segunda Circular desaconselham".

O prazo de execução da obra é de 300 dias e o preço base de concurso é 5,3 milhões euros (excluído o IVA).

No texto é justificada a opção por "uma intervenção provisória", argumentando que foi necessário "encontrar um justo equilíbrio entre a necessidade de manutenção do existente, no curto prazo, e os projetos que se perfilam para a Segunda Circular", evitando-se "operações mais intrusivas e onerosas".

Relativamente aos trabalhos de repavimentação, e tal como o presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), tinha já adiantado, serão realizados à noite, entre as 21:00 e as 06:00, exceto aos fins de semana e durante o mês de agosto, conforme é estipulado no caderno de encargos.

No caderno de encargos estabelece-se ainda que não é admissível o corte total à circulação viária e que, no final de cada dia de trabalho (às 06:00) é reposta a circulação nos dois sentido, "sem quaisquer obstáculos".

No sentido de encurtar o prazo dos trabalhos, durante o mês de agosto, "os trabalhos devem ser executados durante 24 horas", tal como aos fins de semana e feriados.

Há cerca de três semanas, o presidente da Câmara de Lisboa justificou a realização da empreitada com "o estado da via", considerando que "não era possível esperar mais".

Segundo o autarca, a empreitada não representará uma mudança face ao que existe hoje, consistindo em obras de manutenção para pavimentação, pinturas e iluminação pública.

"A nossa ambição era ter um projeto mais vasto, que permitisse fazer uma via dedicada ao transporte público", disse, salientando que não foi possível "em tempo útil haver um acordo" com a concessionária Brisa "que permitisse fazer a ligação da Segunda Circular à A5 com um corredor dedicado ao transporte público, como era vontade também das Câmaras de Oeiras e de Cascais".

Fernando Medina adiantou, contudo, que tem "a ambição" de duas obras a Norte e a Oeste para "tornar bastante mais claras as ligações entre a A1 e a CRIL e entre o IC19 e a CRIL, de forma a retirar carros para a CRIL", que é hoje mais a circular de Lisboa do que a Segunda Circular, "que é hoje uma via muito mais urbana".

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