A Comissão Nacional de Trabalhadores do Banco Santander, CNT, denunciou em comunicado os planos da Administração para diminuir "pelo menos 1415 postos de trabalho no curto espaço de 12 meses".
A reação segue-se ao anúncio esta terça-feira, 29 de junho, da Comissão Executiva do Banco Santander Totta, BST, sobre a continuação do processo de reestruturação iniciado em setembro de 2020.“O plano de reestruturação do Santander foi hoje aprovado e prevê a saída de 685 trabalhadores, aos quais serão apresentadas "as melhores condições de mercado", referia a nota enviada pela Comissão Executiva.
A CT lembrou na reação desta quarta-feira que o processo suprimiu nos últimos meses “730 postos de trabalho e a Administração quer anda suprimir mais 685”.
Carga horária e subcontratação
Entre as razões para se opor à reestruturação, a CNT aponta a maior carga horária para quem fica.
“O atual quadro de trabalhadores, já reduzido em centenas de trabalhadores nos últimos oito meses (e só este ano, o banco informou ter acordado 640 cessações de contratos), no contexto de uma pandemia que não acabou, já obriga a um prolongamento do horário de trabalho diário que leva ao esgotamento de muitos trabalhadores”, refere.
“A par desta redução de trabalhadores efetivos, o Banco Santander Totta está a fomentar o trabalho precário com a contratação de trabalhadores para empresas de outsourcing, como é o caso da Geoban (empresa do Santander localizada em Carnaxide)”, denuncia a CNT.
“Esta enorme redução de trabalhadores, vai contribuir gravemente para o desemprego no país, a diminuir as receitas da segurança social e do Estado, e a prejudicar a vida de centenas de famílias” lamenta ainda a Comissão Nacional de Trabalhadores do BST, apela aos sindicatos dos bancários, à UGT e CGTP, “que se unam com a CNT em formas de ação e contestação conjunta”.
Em março último, a CNT acusava a Administração do BST de usar insistentemente "um tom de ameaça a um conjunto de trabalhadores, e de promoção de uma situação de conflito, particularmente para os que não sejam elegíveis para situação de reforma”.
No comunicado a dar conta da aprovação dos planos para suprimir mais 685 postos de trabalho, a Comissão Executiva do BST prometeu que seriam apresentadas aos trabalhadores "as melhores condições de mercado".
Em causa estão trabalhadores de diversas áreas dos serviços centrais e da rede comercial do banco, incluindo os que estavam abrangidos pelo procedimento unilateral.
Estes colaboradores vão ser notificados até 15 de julho e podem apresentar a sua resposta até 19 de agosto.
Em causa estão trabalhadores de diversas áreas dos serviços centrais e da rede comercial do banco, incluindo os que estavam abrangidos pelo procedimento unilateral.
Estes colaboradores vão ser notificados até 15 de julho e podem apresentar a sua resposta até 19 de agosto.