A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) afirmou hoje que a Grécia "está longe de ter superado os problemas" e que necessita, após oito anos de programas de resgate, de "um plano de recuperação" para desemprego e pobreza.
A posição da CES foi divulgada em comunicado, citado pela agência EFE, um dia após a Comissão Europeia ter assinalado a conclusão do último programa de assistência financeira à Grécia, que permitiu um desembolso de 61.900 milhões de euros a Atenas em três anos.
O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, considerou "histórico" o fim de três programas consecutivos de assistência ao longo de oito anos "dolorosos".
Para o secretário-geral da CES, Luca Visentini, "o programa (de resgate) da União Europeia pode ter terminado, mas a dívida elevada, o crescimento lento e as altas taxas de desemprego persistem".
Para a CES, a "Grécia ficou pior do que antes", com "menos serviços públicos, salários mais baixos e menos direitos para os trabalhadores".
A CES defendeu que o plano de recuperação de que a Grécia necessita para avançar passa por melhorar o sistema de pensões, restaurar os acordos coletivos, subir os salários, recuperar os direitos dos trabalhadores e combater a pobreza.