António Costa considera que OE 2024 mantém "trajetória de melhoria" do país
Maioria socialista aprovou Orçamento do Estado para 2024
Fernando Medina encerra debate apresentando "bons resultados" e "boas medidas"
“Encerramos hoje o debate sobre o Orçamento do Estado para 2024, um momento também que marca o final político desta legislatura”, afirmou o ainda ministro das Finanças. “Sobre qualquer prisma que olhemos, os últimos oito anos foram um dos períodos de maior progresso e desenvolvimento do país”.
“Convergência económica com a União Europeia, emprego em máximos históricos, salários a crescer acima da inflação, pobreza a baixar, contas certas e dívida a cair. Estes são os resultados de uma governação que enfrentou uma pandemia, os efeitos da guerra na Europa e uma crise inflacionária”, continuou Medina.
Segundo o mesmo, “são as boas medidas que fazem os bons resultados”.
“Temos bons resultados porque temos boas políticas. (…) O sucesso desta governação assentou na destruição dos pilares fundamentais da política económica e social dos partidos à nossa direita”, disse ainda o ministro, referindo-se aos governos de coligação PSD e CDS.
Enunciando várias medidas da legislatura que vai cessar, Fernando Medina repetiu que “os bons resultados estão à vista”.
“Portugal registará já em 2023, um nível de dívida pública inferior à Grécia, Itália, Espanha, França e Bélgica. E uma dívida pública inferior a 100 por cento do PIB no próximo ano 2024”.
Na explicação do ministro, “menos dívida significa que pagamos menos juros”.
Orçamento do Estado para 2024. Quais as medidas-chave?
PS defendeu um "bom orçamento" que "melhora a vida dos portugueses"
Na intervenção de encerramento do debate e votação do Orçamento do Estado para 2024, o presidente do grupo parlamentar do PS afirmou que este era "um bom orçamento para os portugueses, que melhora a vida dos portugueses" uma vez que "preserva o equilíbrio ambiental, aposta no investimento e nas exportações para garantir crescimento económico".
PSD contra Orçamento critica "escândalos, casos e trapalhadas" do Governo
Segundo o líder parlamentar do PSD, os portugueses esperavam “responsabilidade, estabilidade e capacidade reformista e de Governo”.
Contra. Chega considera que OE não responde às promessas feitas
O líder do Chega questionou a credibilidade do atual Governo socialista e do primeiro-ministro demissionário em apresentar um Orçamento do Estado depois de terem falhado "em todas as áreas, em todos os desígnios e em todos os objetivos" nos últimos oito anos. E acusou António Costa de "deixar um país mais pobre e sem soluções".
Contra OE. IL distribui criticas à esquerda e despede-se de António Costa
E no momento de concluir, despediu-se de António Costa recomendou-lhe que passe a assumir as suas responsabilidades e a escolher melhor as companhias.
“Até sempre. Hasta la vista, adeus”, despediu-se.
Voto contra. PCP critica Orçamento que não melhora "vida dos trabalhadores e do povo"
Atirou muito concretamente ao PSD que diz que se “viu às aranhas no debate orçamental, com o PS a fazer aquilo que o PSD gostaria de fazer”. Mas também criticou a IL por não deixar “tocar nos lucros” e o Chega a que diz que “caiu a máscara quando confrontados com a necessidade de travar o aumento das rendas”.
Contra. BE considera que OE reflete "uma política arrogante com remendos mal-amanhados"
Mariana Mortágua considerou que o "Partido Socialista teve todas as condições para governar", no âmbito "da maioria absoluta que queria", mas que o Orçamento do Estado para 2024 reflete "uma política arrogante com remendos mal-amanhados" que manteve tudo igual e "deixou Portugal e os portugueses por arames".
“A maioria absoluta são milhares de alunos sem professores na escola, são hospitais em rutura, são negociações a fingir com trabalhadores do Estado (…) é trabalhar e não sair da pobreza, são as casas que nenhum salário normal pode pagar”, afirmou.
PAN abstém-se de votar no OE 2024
Abstenção. Livre não se revê no Orçamento de Estado 2024 mas valoriza vitórias
O líder do partido destacou que por ação do Livre foi possível quebrar o ciclo da violência doméstica em Portugal, usar o Programa “3C – Casa, Conforto e Clima” para os portugueses poderem viver com mais conforto e dignidade, testar a semana de trabalho de quatro dias para os trabalhadores conseguirem ser mais produtivos e “ascenderem na escala do valor” e aumentar a mobilidade de milhares de pessoas através de um passe ferroviário de 49 euros por mês.
PAN confirma abstenção na votação do OE 2024
PSD pede recuperação da carreira docente
Alfredo Maia do PCP, por sua vez, defendeu que o PSD não pretende “genuinamente” essa recuperação da carreira, já quem em 2017 absteve-se numa proposta comunista sobre esta matéria e em 2019 deu uma “cambalhota” com um voto contra. “E mesmo no início de discussão na especialidade voltou a abster-se”.
Governo defende acordo com médicos contra criticas da oposição
Habitação e estado do Serviço Nacional de Saúde em debate
A proposta do PCP para uma taxa especial sobre as transferências para os países fiscais, com o “objetivo de acabar com esta drenagem de recursos”.
Já o deputado Paulo Rios de Oliveira do PSD focou o debate no programa Mais Habitação, considerando uma "loucura" a contribuição especial sobre o alojamento local.
"Foi criada porque sim, é experimentalismo socialista", criticou.
Ensino Superior abre sessão plenária
Em resposta, o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira, disse que a ciência é olhada numa lógica de “contributo”, não de “despesa” e relembrou alguns projetos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.
Livre anuncia "voto de abstenção neste Orçamento"
Início dos trabalhos no Parlamento está previsto para as 10h00
O Orçamento que vai ser aprovado esta quarta-feira comporta mais de 200 propostas de alteração - a maioria que foi aceite partiu dos socialistas, mas o partido viabilizou também alterações apresentadas por PAN, Livre, PSD, PCP e Bloco de Esquerda.
Uma das alterações mais salientes diz respeito ao recuo no aumento do IUC.
Os socialistas introduziram medidas como a subida da dedução ao IRS com a renda da casa dos atuais 502 euros para 600 euros, a possibilidade de a parcela do encargo com trabalhadores domésticos poder ser dedutível ao IRS, assim como as empresas que aumentem salários ao universo de trabalhadores em pelo menos cinco por cento, em 2024, poderem atribuir uma remuneração aos funcionários a título de participação de lucros, isento de IRS.
Maratona de votação
Ao cabo de uma maratona de quatro dias de votações de mais de 1.900 propostas de alteração em sede de especialidade, o processo termina com a votação final global. Esta quarta-feira, são esperadas manifestações no exterior da Assembleia da República. Estão previstas ações de protesto dos antigos combatentes, do S.TO.P e da CGTP. Em causa está o que consideram ser as falhas no Orçamento do Estado e a falta de verbas para determinados sectores.
O dia em São Bento tem início com a votação das propostas avocadas pelos partidos. Segue-se o debate sobre a proposta orçamental, antes da votação final global do documento.
O governo que sair das próximas eleições poderá, se o entender, apresentar um orçamento retificativo.
c/ Lusa
Orçamento do Estado para 2024 votado esta quarta-feira no Parlamento
Foto: Pedro A. Pina - RTP
Presidente da República promete adotar postura mais discreta na política
Lusa